A formação de uma federação partidária envolvendo PSDB, União Brasil e MDB que parece embolar o meio campo da política sul-mato-grossense já que a questão é fechada nacionalmente e vigora em verticalidade, ou seja, os diretórios regionais precisam acompanhar a executiva nacional, começa a ser tratada de forma mais acentuada, já que três importantes nomes, André Puccinelli (MDB), Eduardo Riedel (PSDB) e Rose Modesto (hoje no PSDB, mas que aguarda a janela partidária para migrar para o União Brasil) estariam n o mesmo palanque.
No caso de Puccinelli, ele argumenta que lidera as pesquisas – realizadas em caráter quantitativo – e tem extenso currículo na política. Rose, por sua vez, traz consigo certa jovialidade, além de ter um grupo sólido de apoiadores.
Secretário de Estado de Infraestrutura, Eduardo Riedel, é mais um que não pretende abrir mão do que projeta para outubro em uma disputa interna, em caso de oficialização da federação partidária entre PSDB, MDB e União.
Riedel conta com “porta-vozes” na maioria das vezes, e foi justamente em um desses eventos que o maior interlocutor tucano comentou sobre as “armas” de Riedel nessa disputa: o governador Reinaldo Azambuja, talvez um de seus principais entusiastas para as eleições deste ano.
“Se houver essa aliança, o partido que tiver a maior estrutura política e a maior estrutura para disputar vai agregar os outros. Mas temos que aguardar, pois isso vai acontecer só no fim de maio. Vamos agora ficar tranquilos, buscar o apoio dos que gostam da gente e que acreditam nesse governo municipalista”, respondeu Reinaldo.
Ao abordar o governo municipalista, Azambuja faz clara abordagem também a um dos motes para embasar a pré-candidatura de Riedel, mesmo sem alianças fechadas: a continuidade de um legado de oito anos de governo do PSDB.
“Pegamos um Estado quebrado em 2015. Hoje, o Estado é o terceiro do país com o menor número de desemprego e MS é melhor que muitos estados do país [em tratando-se de economia]. Estamos presentes nos 79 municípios do Estado. Atendemos as pessoas necessitadas sem se esquecer dos investimentos”, afirmou o governador, acrescentando que Riedel “é parte das mudanças que melhoraram MS”.
Azambuja acha que as pesquisas devem conquistar mais importância a partir de maio período que os partidos e as alianças se firmam em torno de candidaturas definitivas. “Após as convenções nós vamos ver as candidaturas e não tenho dúvida que o Eduardo [Riedel] vai representar um legado”, conclui o governador.
Riedel anunciou que deixa secretaria de infraestrutura no final de março, para se dedicar a pré-campanha eleitoral. “Eu saio do governo no final de março é o prazo legal que eu deixo o governo para me dedicar a pré-campanha, e com isso sou pré-candidato ao governo do estado, eu estou muito animado, porque eu tenho conversado com muita gente tenho andado este Estado, tenho conversado com as pessoas, com as famílias. Tenho visto que um projeto que foi desenhado lá atrás, ele se consolida e tenho esses pensamentos para Mato Grosso do Sul no futuro”, relatou.
O secretário afirma estar tranquilo com os projetos para o Estado. “Estou muito tranquilo com o que a gente está propondo para Mato Grosso do Sul e muito tranquilo com o que eu pude contribuir nesses sete anos e não tenho dúvidas que vai ser um excelente debate”. Ele ainda complementa relatando que “Eu não tenho uma trajetória política, eu nunca participei de uma eleição, nunca fui para a urna, não sou de uma família política, não sou político de origem, e política a gente faz em casa todo dia. Mas essa experiência realmente foi muito importante para mim, e eu sei que a gente pode contribuir para o Mato Grosso do Sul”, finaliza.