O presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, disse na quarta-feira (25) que o partido só apoiará a senadora Simone Tebet (MS), se o MDB desistir e apoiar o pré-candidato do PSDB ao governo do Estado, Eduardo Riedel. O ex-governador André Puccinelli é o postulante emedebista.
O impasse criado pela direção nacional tucana poderá inviabilizar a terceira via, uma vez que o ex-governador André Puccinelli (MDB) não estaria disposto a retirar sua pré-candidatura ao governo de Mato Grosso do Sul.
A condição estabelecida pelo diretório nacional do PSDB foi confirmada em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo. Ao ser perguntado sobre o que faltava para que PSDB e MDB selassem uma aliança em nível nacional, ele disse que o apoio do MDB às candidaturas tucanas em Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Pernambuco é fundamental.
Araújo falou em três pilares a serem superados para a aliança avançar, e o primeiro foi superado ontem, quando a executiva tucana confirmou o nome de Simone Tebet como uma das possibilidades para o partido apoiar para a Presidência.
“O segundo pilar é o programa de governo. O ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia, que liderou o processo de construção do programa de governo da pré-candidatura do PSDB, vai agora compatibilizar uma construção pública de compromissos com MDB e Cidadania. Temos muitas visões comuns. O programa do PSDB precisa ser incorporado nessa composição política”, disse Bruno Araújo.
A aliança em Mato Grosso do Sul entra no terceiro pilar a ser superado.
“O terceiro pilar é a reciprocidade nos palanques regionais que são fundamentais para o PSDB. O Rio Grande do Sul, onde a liderança de Eduardo Leite é fundamental na eleição estadual. A parceria com o MDB é vista por nós como sendo fundamental. Isso se repete em Mato Grosso do Sul, Estado da senadora Simone Tebet e governado pelo PSDB. Não nos parece coerente que não haja essa unidade. E Raquel Lyra em Pernambuco, que é uma das nossas apostas desta renovação de lideranças do PSDB. Esses três estados são fundamentais para avançarmos nessa construção”, afirmou.
“Só vai ter sentido formalizarmos a reunião da executiva quando essa construção política e programática estiver consolidada”, concluiu Bruno Araújo, que ainda disse que a reunião nem sequer está marcada, porque a intenção não é criar expectativas de prazos perante a opinião pública.