Mapeamento técnico-científico fará detalhada radiografia para projetos de irrigação no Centro-Oeste
O nome é algo quilométrico: “Mapeamento-diagnóstico visando à identificação de polos de irrigação com potencial de implantação nas áreas destinadas à Agricultura Familiar no Centro-Oeste”. Mas o que importa é o alcance social e econômico da inédita iniciativa entre dois importantíssimos parceiros para o futuro do Brasil e, particularmente, do Estado: a Sudeco (Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste) e a UFMS (Universidade Federal) do Mato Grosso do Sul.
Com esta parceria, o projeto pioneiro saiu do papel e ganhou o plano da realidade para impulsionar a agricultura familiar no Centro-Oeste, por meio de uma radiografia detalhada de áreas propícias para a implementação de sistemas de irrigação. À frente do trabalho, a superintendente da Sudeco, Rose Modesto, e o coordenador técnico, o professor Ricardo Gava, da UFMS. “Teremos um estudo conclusivo e minucioso visando à identificação de polos de irrigação com potencial para dar suporte às áreas destinadas à agricultura familiar no Centro-Oeste”, salientou Modesto.
SUBSÍDIOS
Assim, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e Distrito Federal terão subsídios técnico-científicos completos para conhecer melhor o seu potencial para implantar sistemas de irrigação, considerando indicadores socioeconômicos cruciais para o desenvolvimento sustentável. Professor do Campus de Chapadão do Sul (CPCS), Gava é especialista em Engenharia Agrícola. Ele destaca a importância de apoiar e desenvolver a agricultura familiar como item fundamental para o progresso socioeconômico do País.
O mapeamento e a identificação das áreas serão realizados por uma equipe de técnicos, estudantes, professores e pesquisadores, com mais de 50 pessoas envolvidas. O prazo de entrega dos relatórios finais foi fixada para junho próximo. Gava diz ter ficado muito feliz com sua escolha para liderar o projeto. “Sou filho e neto de pequenos produtores rurais, conheço de perto a realidade dessas famílias. O que precisamos é proporcionar condições para que o pequeno agricultor possa acompanhar o desenvolvimento tecnológico e crescer”, sentencia.
Além do mapeamento estratégico, o projeto abrange também ações de orientação, entre elas a assistência técnica aos agricultores. Prevê ainda o direcionamento para linhas de financiamento adequadas às realidades locais e estimula um envolvimento institucional que promova a valorização da Ciência no contexto do desenvolvimento regional.