Advocacia-Geral da União pediu à Justiça que três empresas, uma associação, um sindicato e 54 pessoas sejam condenadas a pagar R$ 20,7 milhões como reparação por depredação em Brasília
A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu, nesta segunda-feira (13), que a Justiça Federal em Brasília condene 54 pessoas, uma associação, um sindicato e três empresas pelos atos de vandalismo que depredaram as sedes dos Três Poderes no dia 8 de janeiro. Na lista, dois sul-mato-grossenses são citados, o empresário Adoilto Fernandes Coronel, de Maracaju (MS), e a professora aposentada Solange Zanini, de Três Lagoas (MS).
Os dois sul-mato-grossenses estão na lista de pessoas físicas, jurídicas e uma entidade que deverão a ressarcir em R$ 20,7 milhões os cofres públicos pelo atos de vandalismo. Segundo a AGU, a ação envolve pessoas que participaram e empresas que financiaram os atos criminosos.
O valor do prejuízo foi calculado a partir de dados apresentados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Palácio do Planalto, Câmara dos Deputados e Senado Federal, alvos dos bolsonaristas radicais.
Esse é o primeiro pedido de condenação definitiva após investigação dos atos golpistas. Ao todo, a AGU já acionou 178 pessoas na Justiça. Clique aqui e veja a lista completa.
O empresário e a professora aposentada Solange Zanini já haviam sido citados pela AGU entres os financiadores dos atos terroristas em Brasília.
Solange Zanini
Nas redes sociais, fotos de Solange apontam que ela esteve no Distrito Federal no dia dos ataques terroristas. Na primeira vez que foi citada pela AGU como financiadora golpista, Solange disse que é professora aposentada e negou ter financiado a ida de outras pessoas a Brasília. “Eu nego qualquer tipo de informação sobre financiamento. Fomos em um ônibus fretado, todos dividiram o valor”, comentou a bolsonarista.
Quatro dias após o vandalismo, Solange postou um vídeo comentando o fato de não ter sido presa após os ataques golpistas.
“Estão falando que eu tô presa, não tem nada disso. Hoje é dia 12 de janeiro, estou aqui em casa tocando meu piano. Ninguém ficou preso”, comenta Solange.
Adoilto Fernandes Coronel
Adoilton Fernandes Coronel é dono de uma loja de materiais de construção em Maracuju. Além de atuar como empresário, o financiador dos atos golpistas é 2º secretário da Associação Empresarial da cidade.