Na calamitosa situação do sistema publico de saúde, quem paga o pato é a população mais necessitada
Enquanto a prefeita se envolve com os arranjos da sua campanha pela reeleição, participando de manifestações políticas em São Paulo e acuando sua bancada de apoio na Câmara Municipal para legalizar a folha secreta, a população que mais necessita dos serviços essenciais da prefeitura continua maltratada. Se já não bastassem os problemas estruturais do sistema, como as longas filas de espera e a desvalorização dos servidores do setor, agora a rede publica de saúde é um símbolo da falta de medicamentos básicos.
Pacientes que vão em busca de atendimento médico nas Unidades de Pronto Atendimento (Upas) não encontram remédios nas farmácias da rede e às vezes deixam de ser atendidos adequadamente porque falta de insumos. As denúncias se repetem e são publicadas pela imprensa. Com diagnóstico de doenças graves, a clientela do SUS (Sistema Único de Saúde) precisa ter a sorte de encontrar o medicamento prescrito na receita.
Como a sorte é algo imprevisível, o jeito é por as mãos nos próprios bolsos e bolsas para adquirir na rede privada o que deveria existir na rede publica. Foi o que fez a família do S.r. E.M.N, 62, diagnosticado com câncer de reto. Não havia um dos remédios na farmácia do posto que o atendeu. E assim os familiares substituíram prefeitura e Secretaria Municipal de Saúde, compraram o medicamento e E.M.N. pôde prosseguir o tratamento.
Um levantamento preciso publicado pelo jornal “O Estado” informou que estão em falta: esparadrapo, fita crepe, fita micropore, atadura, álcool, xilocaina, gel, algodão, copo descartável, tubo 8.0, esparadrapo, equipo para dieta santronic, fita branca hospitalar, lençol de cama, luva esterilizada 7,5, luva P, sonda de aspiração 20, fio de nylon 3-0, seringa de 10ml, pote de urina, sonda nasogástrica 20, papel grau cirúrgico de 15cm e papel de grau cirúrgico 20cm.