Gerson Claro prega ampla mobilização na Campanha “Coração Azul”, instituída em projeto de sua autoria
Em vigor desde 2023, a Lei Estadual 6.083, cujo autor é o deputado estadual Gerson Claro (PP), presidente da Assembleia Legislativa (Alems), tornou-se um importante recurso institucional para conscientizar e mobilizar a sociedade contra o tráfico de pessoas. É a Campanha “Coração Azul”, que foi criada diante de números aterradores indicando a exploração de até 25 milhões de vítimas e movimentando US$ 150 bilhões anuais.
“Há mais pessoas sendo vendidas hoje no mundo do que em qualquer outro momento da história humana”, informa Gerson. “A maior parcela deste montante advém da exploração sexual das vítimas, cerca de 85%, segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ)”, acrescenta. “Por isto, não há como prescindir de uma mobilização geral. Polícia, poderes públicos e sociedade civil podem formar uma barreira poderosa não só de combate, mas também de prevenção e conscientização”, completa.
Estima-se que a cada 30 segundos uma criança se torna vítima de tráfico de seres humanos em todo o mundo. O Brasil ocupa a sexta posição no ranking mundial da prática desse crime. Com a campanha, o deputado avalia que a população adquire maiores e melhores informações, ficando apta para desenvolver ações no sentido de fortalecer a prevenção do tráfico de pessoas, identificar e apoiar as vítimas, além de quebrar o paradigma perverso da impunidade.
CONQUISTA DA CIDADANIA
“A Campanha Coração Azul é uma conquista da cidadania, por ser uma plataforma de conscientização sobre a dimensão do tráfico de pessoas, um crime de escala mundial, que nem sempre é perceptível por parte da sociedade”, acentua. De acordo com a Counter Trafficking Data Collective (CTDC) – o primeiro centro global de dados sobre tráfico humano -, quase 80% das viagens internacionais de tráfico de pessoas atravessam pontos de controle de fronteira oficiais, como aeroportos e pontos de controle terrestre.
As rodovias de Mato Grosso do Sul são rotas abertas de entrada e saída, por causa das fronteiras secas com o Paraguai e Bolívia. O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), por meio da Secretaria Nacional de Justiça (Senajus), lançou o 1º Plano de Ação em Enfrentamento ao Contrabando de Migrantes, em colaboração com a Agência da ONU para as Migrações (OIM).