Partido patina com indefinição do ex-presidente e até cogita atrair um campeão de obras inacabadas
Com os mais baixos índices nas intenções de voto entre os principais partidos que vão disputar a Prefeitura de Campo Grande, o PL ainda não conseguiu dar solução sobre quem será seu candidato ou candidata. As indefinições estão na indecisão de Jair Bolsonaro sobre quem apoiar e trazem à sigla a preocupação de ficar sem chances para competir com adversários como André Puccinelli (MDB), Beto Pereira (PSDB) e Rose Modesto (União Brasil).
Decididas a ter sua própria chapa e hostis a qualquer tipo de apoio à prefeita Adriane Lopes (PP), que também é bolsonarista, as lideranças do PL estariam cogitando uma nova tentativa de ganhar forças necessárias ao enfrentamento. Uma ala do bolsonarismo local sugere que este nome seja exatamente o de André Puccinelli. O emedebista, inclusive, já esteve com interlocutores dos liberais para discutir uma composição. Um dos fiadores desta alquimia seria o ex-deputado e ex-ministro Aldo Rebelo, do MDB.
Campeão de obras inacabadas – seus dois governos deixaram 215, concluídas pelo seu sucessor, Reinaldo Azambuja (PSDB) -, Puccinelli seria o oitavo nome na recheada lista de pré-candidatos que Bolsonaro apresentou e abandonou logo em seguida. Estão listados nesta ciranda de candidaturas natimortas: Coronel David, João Henrique Catan, Marcos Pollon e Tenente Portela, todos do PL; Rafael Tavares e Capitão Contar, do PRTB; e Adriane Lopes, a prefeita (PP).
Consta que durante recente reunião, interlocutores e filiados do PL criticavam a articulação entre a senadora Tereza Cristina (PP) e Bolsonaro para garantir presença de todos os bolsonaristas no palanque de Adriane Lopes. Por unanimidade, os participantes da conversa teriam rechaçado a ideia de apoiar a prefeita. Um deles questionou, então, quem teria maior chance, entre Puccinelli e Adriane, de ir ao segundo turno. O nome de Puccinelli foi citado também por unanimidade.