Tal processo teve audiência de instrução e julgamento realizada hoje, mas o resultado ainda não está disponível na ação. O ex-deputado, contatado, também não falou com a reportagem.
O ex-deputado Maurício Picarelli e o empresário Celso Éder Gonzaga de Araújo estão envolvidos em uma intensa disputa judicial que promete movimentar os tribunais. De um lado, Picarelli alega ter sido vítima de um golpe milionário, enquanto Araújo cobra uma dívida que, segundo ele, não foi paga. A sombra da Operação Ouro de Ofir paira sobre o caso, adicionando um novo capítulo a essa complexa trama.
O ex-deputado chegou a vender uma casa, avaliada em R$ 1,8 milhão para dar como garantia. Os cheques assinados, mas não preenchidos, eram para garantir o negócio, que seria formalizado quando a venda da casa se concretizasse, ficando acordado que os cheques não seriam descontados.
Ambos travam guerra judicial, e de um lado, Celso, em ação de cobrança contra o ex-deputado, quer o pagamento de cheques dados em negócios (empréstimos) entre ambos. Do outro, Picarelli se diz vítima de estelionato ao tentar multiplicar seus bens através de investimento em operação chamada Au Metal. O caso, entretanto, não é investigado dentro dos processos referentes à Ouro de Ofir.
O ex-deputado chegou a vender uma casa, avaliada em R$ 1,8 milhão para dar como garantia. Os cheques assinados, mas não preenchidos, eram para garantir o negócio, que seria formalizado quando a venda da casa se concretizasse, ficando acordado que os cheques não seriam descontados.
O procedimento de Celso contra Picarelli é de 2018, quando cobrou quatro cheques nos valores de R$ 5.500,00, R$ 23.299,11, R$ 25.194,24 e R$ 1.320.000,00.
Denúncia do Ministério Público de 2021, diz que “ainda em 2018, a vítima recebeu ligações em tom intimidador, em que lhe eram cobrados os valores dos cheques, ocasião em que se sentiu ameaçada em razão do denunciado ser pessoa de influência e cercada de seguranças armados, situação esta que lhe desmotivou a registrar a ocorrência, tendo somente o feito após descobrir que as operações de Éder eram fraudulentas e que este havia sido preso”.
Tal processo teve audiência de instrução e julgamento realizada hoje, mas o resultado ainda não está disponível na ação. O ex-deputado, contatado, também não falou com a reportagem.
Advogada de Celso Éder, Suzana Camargo, disse que quem está tentando “dar o golpe” é o ex-deputado, que se aproveita de uma outra situação – Operação Ouro de Ofir – para passar por vítima e tentar não pagar o empréstimo que Celso lhe teria feito no valor de R$ 1.373.993,35. Atualizado, o valor chega aos R$ 4,4 milhões que a Justiça mandou bloquear.