Gerson Claro endossa governador e defende para o bioma uma exploração sustentável
Com manifestações enfáticas em defesa do desenvolvimento com respeito às condições ambientais e exploração econômica sustentável, o governador Eduardo Riedel (PSDB) fez incisiva abordagem sobre pontos que considera fundamentais para conciliar atividades econômicas e meio ambiente no Pantanal. Durante reunião na segunda-feira, 14, com entidades rurais, pantaneiros, parlamentares e ONGs, convidados para discutir um modelo de desenvolvimento sustentável, Riedel deixou bem clara a posição do governo.
“Este time que está aqui terá responsabilidade muito grande pelos próximos meses. O nosso grande desafio é mostrar que podem conviver juntos, de maneira propositiva, uma nova economia, lastreada em práticas que agreguem valor econômico à produção e nova dinâmica da manutenção da biodiversidade, sem perder renda e preservação”, assinalou. “Estamos chamando a responsabilidade, não só do Governo, mas de todo o conjunto aqui presente, e o debate será feito na Assembleia Legislativa com todos os atores envolvidos”, completou.
A preocupação de impedir práticas corrosivas e garantir o melhor e mais adequado uso das riquezas são desafios que o grupo está assumindo, depois da ruidosa polêmica sobre a concessão exagerada de autorizações para desmatamento de áreas pantaneiras. O Governo do Estado elaborou um decreto suspendendo todas as licenças de supressão vegetal em território pantaneiro. Será sugerida uma portaria conjunta entre o Estado e o Ministério do Meio Ambiente, para a criação de um grupo de trabalho com instituições que estudam e conhecem o bioma.
DEBATE AMADURECIDO – O deputado estadual Gerson Claro (PP), presidente da Assembleia Legislativa, disse que o debate sobre a preservação do Pantanal já acontece no Parlamento e é tratado com a máxima atenção. “Desde o início do ano a Comissão do Meio Ambiente já realizou audiências, recebendo contribuições e o levantamento técnico de ONGs, produtores da região e outras instituições”, informou.
De acordo com Gerson Claro, a polêmica sobre o desmatamento veio trazer uma motivação muito forte para que todas as forças sociais e políticas se mobilizassem na busca de soluções consensuais e compatíveis com a sustentabilidade e o desenvolvimento. Riedel observou que o mundo discute uma agenda de sustentabilidade e desenvolvimento econômico. “Mas não podemos perder de vista a construção histórica e cultural, a dinâmica para um futuro, uma agenda do século 21, e a atividade econômica, com pessoas vivendo e que precisam de locomoção, escolas e de saúde”.