Obras de infraestrutura logística na região de fronteira preparam Mato Grosso do Sul para escoar a produção pela Rota Bioceânica, que está se tornando uma realidade com a construção da ponte sobre o Rio Paraguai, entre Porto Murtinho e Carmelo Peralta, no país vizinho.
Além da pavimentação da MS-382, que vai facilitar o acesso entre Bonito, Guia Lopes da Laguna e Ponta Porã, a região conta com a implantação da MS-270, de Copo Sujo (no entroncamento com a MS-164) até a Cabeceira do Apa – distrito de Ponta Porã que leva esse nome por causa da nascente do rio.
A implantação e pavimentação asfáltica da rodovia MS-270 segue a todo vapor. De acordo com o fiscal da Agesul Raimundo Ferreira, a execução está em 43% e a previsão de entrega é janeiro de 2023. São 35,56 quilômetros de extensão. Já o investimento previsto é de R$ 45,358 milhões.
O asfalto da MS-270 integra o programa “Governo Presente”, que prevê investimentos de R$ 4,2 bilhões nos 79 municípios do Estado, em diferentes setores. O projeto atende uma demanda antiga de moradores da região, entre eles a população do distrito de Cabeceira do Apa, que pedem a pavimentação da rodovia que corta o local para que melhore o escoamento da produção, além de dar condições mais adequadas para o tráfego da região.
Além disso, a nova rodovia se junta à infraestrutura da chamada Rota Bioceânica, que está se tornando realidade com a construção da ponte entre Porto Murtinho, em Mato Grosso do Sul, e Carmelo Peralta, no Paraguai. A ligação rodoviária vai permitir o acesso dos produtos brasileiros ao Pacífico, facilitando as exportações para os países asiáticos, que são os maiores parceiros comerciais do Estado.
Com a estiagem, a construção da ponte segue em ritmo acelerado na fase de fundação, com perfuração e fixação das estacas. A ligação terá uma extensão total de 1.300 metros, incluindo os viadutos de acesso localizados nas duas margens do rio Paraguai e a parte estaiada de 630 metros, na área central da passarela. O prazo previsto para a conclusão da ponte é 2024.