Base governista mostra intenção de continuar fazendo todas as vontades da prefeita Adriane Lopes
A Câmara Municipal de Campo Grande abriu seus trabalhos no segundo semestre sem novidades a destacar, a não ser a disposição dos vereadores adrianistas em continuar obedientes às vontades da prefeita. Mesmo pressionados pela proximidade do julgamento das urnas, eles resistem heroicamente às cobranças da população, fingindo que não têm conhecimento do que está acontecendo.
Entre as diversas marcas do desgoverno reinante na Capital, os vereadores governistas sentaram-se sobre as provas e os fatos que revelam a existência da folha secreta e outros mecanismos de gastança, responsáveis pela falta de recursos para impedir o caos que é cada vez maior nos serviços públicos essenciais. Com a folha secreta sendo utilizada sem qualquer pudor, o Legislativo deixa de fiscalizar o Executivo.
TRAIÇÃO
Há outros casos vergonhosos da traição eleitoral praticada pelo grupo de parlamentares municipais que colocam a Câmara no colo da Prefeitura. A desobediência recorrente da prefeita ao Judiciário, ao não cumprir a determinação de pagar os adicionais do funcionalismo público, e a desfeita que faz ao Tribunal de Contas, ignorando o Termo de Ajuste de Gestão para diminuir a gastança com a folha, são demonstrações claras de irresponsabilidade no exercício do cargo.
Para ficar ainda mais nítida esta cumplicidade entre Legislativo e Executivo, basta observar que desde o início da atual gestão, quando Marquinhos Trad era o prefeito e Adriane, sua parceira política, a vice, o desgoverno reinava gloriosamente, com gastos exorbitantes que causaram um imenso estrago nas contas públicas.
Sem fiscalização e, pior, blindada por sua base parlamentar, a dupla Marquinhos-Adriane perpetrou um histórico rombo de mais de R$ 1 bilhão nos cofres da prefeitura. A prefeita assumiu em abril de 2022 e em mais de dois anos e meio não conseguiu ao menos equilibrar as contas. Com isso, a gestora lançou Campo Grande entre as capitais que mais gastam no País sem dar aos seus moradores as condições mais elementares de satisfação, em especial na saúde, no transporte e na transparência.