O Governo de Mato Grosso do Sul participou, na tarde de segunda-feira (26), de mais uma rodada de entendimentos com o Governo Federal em torno da busca de soluções definitivas para o problema crônico, e que se arrasta há décadas, da falta de água nas aldeias indígenas do Estado, sobretudo no que diz respeito ao desabastecimento nas aldeias Bororó e Jaguapiru, que juntas formam a Reserva Indígena de Dourados.
“Essa não é a nossa primeira reunião, o Estado já concluiu o projeto, mobilizamos a equipe técnica da Sanesul em torno desse assunto durante mais de quatro meses, encaminhamos para Brasília, e o que se espera agora é que, essa responsabilidade que é da União e que o Estado está contribuindo e quer ajudar, efetivamente caminhe”, disse o vice-governador José Carlos Barbosa (Barbosinha), que representou o governador Eduardo Riedel na reunião por videoconferência com o Governo Federal.
Mato Grosso do Sul participou do encontro remoto por meio do vice-governador, que coordenou o GT (Grupo de Trabalho) criado pelo Governo para debater essa situação. Presentes membros da equipe do Ministério das Cidades, representada pelo coordenador técnico Igor Henrique Sana, juntamente com assessores da pasta, além de, ainda por parte do Estado, do diretor-presidente da Sanesul, Renato Marcílio, os gerentes de Operações, Madson Valente e o coordenador da área, José Augusto, a engenheira Lourdes Tapparo, que coordenou a elaboração do projeto, a secretária estadual de Cidadania, Viviane Luiz, e, pelo DSEI (Distrito Sanitário Especial Indígena), o coordenador Lindomar Ferreira e o engenheiro Rafael Ceccin, que acompanha as ações já realizadas para minorar a problemática nas aldeias de Dourados.
O vice-governador voltou a dizer que “essas reuniões precisam de ter uma finalidade objetiva, apresentamos o cronograma do projeto, a gente espera agora receber de Brasília o encaminhamento favorável para ter os recursos necessários para resolver esse problema crônico”.
O Governo de Mato Grosso do Sul mostrou a solução, apontou Barbosinha, sugerindo, no projeto técnico, a necessidade de investimentos da ordem de R$ 44 milhões para a construção de mais poços, recuperação dos já existentes que permitirem nova intervenção, implantação de reservatórios apoiados, um para a aldeia Jaguapiru e outro na Bororó e ainda o modelo de distribuição que a Sanesul poderia desenvolver junto às mais de 20 mil famílias que sofrem com essa dificuldade em uma área de 3,5 mil hectares e diante de um destempero climático que tem chegado a quase 40 graus diariamente.
O gerente regional da Sanesul em Dourados, engenheiro Klinger Rodrigues Pires Junior, disse que a companhia se mantém presente nas aldeias, levando caminhão-pipa oferecer o apoio necessário com abastecimento de água nesse momento. ‘Realmente, o que temos lá é um sistema colapsado e o que apresentamos nessa reunião com o Governo Federal é a necessidade de um novo sistema”, resumiu depois de participar, também, da reunião remota do Governo de MS com a União.