Trabalhador relata abordagem abusiva no Parque dos Poderes e exige providências
Um motorista de aplicativo de 47 anos, que preferiu não ser identificado, denunciou uma abordagem abusiva por parte da Guarda Civil Metropolitana (GCM) na noite de quinta-feira (26), no Parque dos Poderes. Segundo o relato da vítima, os agentes o abordaram de forma violenta, utilizando linguagem homofóbica e discriminatória.
“Eles me chamaram de viado, de drogado, de traficante”, lamentou o trabalhador. O motorista conta que havia acabado de deixar uma passageira no Jardim Noroeste e estava aguardando a próxima corrida quando foi abordado por cerca de oito guardas. “Eles colocaram a lanterna no meu rosto, apontaram a arma na minha direção e mandaram descer com as mãos na cabeça”, detalhou.
Mesmo após identificar-se como motorista de aplicativo e mostrar o aplicativo funcionando em seu celular, as ofensas continuaram. “Não tenho problema nenhum com abordagem, mas me constrangeram. Me trataram como se eu fosse um bandido. Não consegui mais trabalhar no restante da noite”, desabafou.
O motorista procurou a ouvidoria da GCM para registrar a ocorrência e exige que os agentes envolvidos sejam identificados e punidos. “Falaram que vão me responder daqui a 30 dias. Quero justiça”, afirmou.
Este não é o primeiro caso de denúncia contra a GCM em Campo Grande. No último domingo, um vídeo viralizou nas redes sociais mostrando um agente agredindo um motociclista durante uma abordagem. A repetição desses casos levanta questionamentos sobre a conduta dos agentes e a necessidade de uma investigação mais aprofundada sobre os casos de abuso de autoridade.