“Apologia ao nazismo no Brasil é crime e nazistas merecem cadeia”, disse a entidade
O Grupo Judeus pela Democracia disse que o deputado estadual João Henrique Catan (PL-MS) precisa ter o mandato cassado após o parlamentar exaltar um livro de Adolf Hitler (1889-1945), que nasceu na Áustria e se mudou para a Alemanha, onde foi ditador.
“O mandato precisa ser cassado e o deputado, preso. Apologia ao nazismo no Brasil é crime e nazistas merecem cadeia”, escreveu.
Na Alemanha, Hitler assumiu a liderança do Partido Nazista no começo da década de 20. Ele chegou ao poder no começo dos anos 30. Estatísticas apontam que pelo menos seis milhões de judeus foram mortos pelo regime nazista. Levando em conta o número total de mortes, há divergências entre números, variando de 10 a 40 milhões.
O mandato precisa ser cassado e o deputado, preso.
Apologia ao nazismo no Brasil é crime e nazistas merecem cadeia.
“Ps: [email protected] é o endereço de email dele. Seria uma pena se a caixa de emails dele acordasse amanhã cheia de elogios”, dizia o post.
Livro na Tribuna
O deputado bolsonarista segurou o livro e teceu comentários durante a sessão. Ele disse que trouxe o livro do exterior para o Brasil escondido com medo que fosse confiscado, sugeriu o fortalecimento da Casa de Leis e empunhou a obra, escrita por um dos maiores ditadores e genocidas da humanidade.
”… é com o Mein Kampf de Hitler que peço para que esse parlamento se fortaleça, se reconstrua e se reorganize”, bradou o parlamentar.
Em seguida, Catan justificou a citação à obra, sugerindo que o Legislativo do MS siga nos rumos do que foi o parlamento ”europeu” da Alemanha.
”E que serviu, após sua reconstrução, de inspiração, inclusive para nós estarmos hoje aqui, através do nosso Direito Constitucional Brasileiro, que se inspira no modelo romano-germânico”, refletiu o deputado.
Entre os comentários gerais nas redes sociais, há muito apontamento de que Catan se dirigiu a um nicho neonazista aproveitando brechas da lei, da liberdade de expressão e imunidade parlamentar para o discurso, já que, ao mesmo tempo, que usou o livro de Hitler, um genocida genuíno, ele argumentou sobre a defesa do parlamento.