PSDB será um dos principais beneficiários e PSD corre o risco de isolamento na Câmara Municipal
À exceção das siglas melhor estruturadas – casos do PT, PSDB e PSB -, alguns partidos sofrerão grandes desfalques na Câmara de Vereadores de Campo Grande por causa da janela partidária. De 07 de março a 05 de abril próximos os vereadores eleitos em 2020 e que serão candidatos à reeleição poderão mudar de partido sem risco de perder o mandato.
O quadro desenhado até agora indica que o PSDB será um dos mais beneficiados com a revoada no festival de desfiliações. A bancada tucana tem três vereadores (Claudinho Serra, Professor Juari e Ademir Santana), mas pode dobrar ou ir mais além. Já demonstraram interesse ou insinuaram caminhar nesta direção Sílvio Pitu, Zé da Farmácia, Clodoílson Pires, Papy e Victor Rocha.
PSD AFETADO
Em contrapartida, o PSD será um dos mais afetados na Capital. O partido começou a perder terreno na política campo-grandense quando o prefeito Marquinhos Trad trocou a prefeitura por uma desastrosa candidatura ao governo estadual, afundando a si mesmo e a legenda num grande poço de descrédito. Agora, dos oito vereadores que elegeu em 2020, quatro já estão dando adeus à sigla: Beto Avelar, Professor Riverton, Silvio Pitu e Valdir Gomes.
O PT não perde e também não ganha, fica com os seus dois eleitos, Aírton Araújo e Luiza Ribeiro. O PDT ficará no zero, caso Marcos Tabosa migre para o PSB. Clodoilson e Zé da Farmácia namoram o PSDB, o que pode ser um adeus ao Podemos, que ficaria só com Ronilço Guerreiro. O PP vai perder Vítor Rocha também para os tucanos e espera se recompor com a decisão do deputado estadual Lídio Lopes, que não quer dividir espaços com o ex-senador Delcídio Amaral na nova sigla, o PDR, fruto da fusão Patriota-PTB.
Por fim, o Solidariedade tenta segurar o vereador Papi. Contudo, ele está disposto a mudar de camisa partidária e mira o PSDB. É possível que do Patriota – de Edu Miranda e Paulo Lands – saia um reforço para o PP da prefeita Adriane Lopes.