Enquanto isso, gestora delira com obra de hospital que será alugado ao Município por R$ 5,1 milhões mensais
A prefeita Adriane Lopes (PP) vem fazendo um rumoroso carnaval fora de época para proclamar a maior obra de sua gestão: a construção de um hospital por uma empresa privada, que vai alugá-lo ao Município por até R$ 5,1 milhões mensais durante 20 anos. Neste período, a construtora investirá R$ 842,1 milhões e abocanhará um lucro de R$ 392,015 milhões.
Trata-se de um delírio, se a realidade dos fatos for levada em conta. No início deste mês, por absoluta falta de competência e de zelo de Adriane, o Ministério da Saúde tirou da prefeitura de Campo Grande a gestão plena do Hospital Regional e a transferiu para o governo estadual. Com esta medida, a caótica situação da saúde vai piorar, já que os cofres da municipalidade vão perder R$ 4,8 milhões de repasses a cada mês, o que representa, em um ano, R$ 57,6 milhões.
Ao perder a gestão plena do SUS, a cidade perde o direito aos recursos federais transferidos como incentivo. Segundo se informou, é possível que o Estado se responsabilize somente por serviços de média e alta complexidade, opção que diminuiria em R$ 3 milhões o bolo das transferências mensais. Por enquanto, a maioria esmagadora da população, que depende do SUS, ainda não recebeu uma palavra de alentou ou explicações plausíveis da prefeita que quer mais quatro anos de poder para continuar sua obra.