Riedel determinou abastecimento com caminhões-pipa enquanto investe R$ 490 mil na construção de poços
Embora seja responsabilidade do governo federal, o governo de Mato Grosso do Sul acolheu solicitação do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) e atendeu populações indígenas da região de Dourados que sofrem com a constante falta de água potável. A situação tinha dado origem a uma grave e traumática situação de crise e confrontos, exigindo a intervenção policial para conter protestos dos moradores das aldeias Jaguapiru e Bororó.
O governador Eduardo Riedel (PSDB), sensível à questão e diante da urgência, determinou à Secretaria Estadual de Cidadania que adotasse todos os procedimentos para atender ao pedido do DSI, que é uma unidade gestora do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (Sasi/SUS), do Ministério da Saúde. No dia 19 a solução começou a ser concretizada, em reunião com a presença da secretária estadual de Cidadania, Viviane Luiza, representantes das aldeias e autoridades douradenses.
Esforços conjuntos entre o governo estadual Estado, órgãos federais, lideranças indígenas e municipais definiram as primeiras providências, entre elas a construção de novos poços de captação e distribuição de água potável por meio de caminhões-pipa da Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul (Sanesul), que percorrerão as aldeias diariamente. Esta operação de emergência vai durar até que as obras dos poços sejam concluídas. O custo dos serviços chega a R$ 490 mil.
“O abastecimento de água aos povos indígenas vem sendo discutido desde o ano passado. O Governo do Estado, mesmo não tendo a atribuição, se propôs a fazer o estudo e a elaborar o projeto para uma solução definitiva”, informou Viviane. “O governador diz sempre que não existe uma classe de cidadãos, que não há um cidadão municipal, estadual ou federal, mas que todos são cidadãos e cidadãs sul-mato-grossenses. Vamos trabalhar com o Governo Federal e demais órgãos para resolver este problema, que se arrasta há mais de 20 anos”, completou a secretária.