Política de preços, transparência e afirmação institucional são marcas da nova fase da estatal
Já é corrente nos meios políticos e em grande parcela da sociedade a boa impressão que estão causando as decisões do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, sobretudo nas pautas da precificação de combustíveis. O advogado, economista e filiado ao PT, Prates, tem 54 anos. E há mais de 30 anos trabalha nas áreas de petróleo, gás natural, biocombustíveis, energia renovável e recursos naturais.
O balanço do primeiro semestre comprova que Prates figura entre as boas novidades trazidas pelo governo Lula em 2023. Nos postos, os preços dos combustíveis já deixaram os elevados patamares do período sob a gestão de Jair Bolsonaro. Prates classifica a política de preços da companhia como nova estratégia comercial, “que se mostra factível, não inspira temores e não é interventiva”. E completa: “Ela atende não a um pedido direto, mas a um processo de construção política de campanha, na qual o presidente Lula defendeu uma frase genial: abrasileirar os preços”.
No primeiro trimestre do ano a Petrobras teve um lucro líquido de R$ 38,2 bilhões e o quarto maior EBITDA – um indicador de saúde financeira – recorrente da sua história, de US$ 14,3 bilhões (R$74,5 bilhões). Também registrou consistente geração de caixa no trimestre, com Fluxo Operacional de R$ 53,8 bilhões.
Em 2014, Prates se elegeu na primeira suplência da senadora Fátima Bezerra (PT-RN). Ela assumiu o governo potiguar em 2019 e sua vaga foi ocupada por ele, até renunciar ao mandato para ser eleito conselheiro e presidente da estatal, o que aconteceu em 26 de janeiro deste ano.