Ex-secretário de Obras de André Puccinelli está sendo procurado para receber notificação do Tribunal
Parece brincadeira de gato e rato. No entanto, é um fato real e está acontecendo em Mato Grosso do Sul. Edson Giroto, ex-deputado federal e ex-secretário estadual de Obras do governo de André Puccinelli (MDB), vem dando uma penosa canseira nos oficiais de Justiça. Os servidores só querem entregar uma notificação do STJ (Superior Tribunal de Justiça) para apresentar um novo advogado na Operação Lama Asfáltica, instaurada durante as investigações de desvio de verbas no governo de Puccinelli.
O esconde-esconde exclusivo de Giroto não se resumiu ao STJ, foi estendido às varas da Justiça estadual e federal. Depois do STJ, a 3ª Vara Federal de Campo Grande não conseguiu localizá-lo. Era para notificá-lo sobre a renúncia de seu defensor em outra ação da Lama Asfáltica. Um dos mais renomados criminalistas do País, o advogado Daniel Leon Bialski deixou a equipe de advogados.
A juíza Júlia Cavalcante da Silva Barbosa, informou que em abril o oficial de Justiça foi ao endereço citado na ação penal referente a supostas irregularidades na pavimentação e saneamento da Avenida Lúdio Coelho, em Campo Grande. Uma recepcionista disse ao oficial que Giroto não trabalha nem reside no local, e que o imóvel foi desocupado pelo réu há mais de um ano. Então, a magistrada afirma que o ex-secretário estadual descumpriu a obrigação de manter seus endereços atualizados no processo.
Se os outros cinco advogados relacionados para a defesa não forem notificados, o caso será entregue à Defensoria Pública da União. No início deste mês, o Diário Oficial do Tribunal de Justiça (TJ/MS) publicou a determinação para que o cartório realize consultas nos sistemas Infojud, Siel, Sigo e SAJ para descobrir o atual endereço do denunciado.
A 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos de Campo Grande atendeu a pedido do Ministério Público Estadual para fazer a varredura em busca de onde encontrar o ex-secretário estadual de Obras. Giroto foi condenado duas vezes pela Justiça Federal na Operação Lama Asfáltica