Declaração favorável à candidatura de Catan instala revolta entre gregos e troianos do bolsonarismo
Tanto no PL (partido do ex-presidente) e no PRTB (um de seus maiores aliados), como no PP e outras forças de direita, está instalada um nervoso fuzuê nos ambientes políticos que sonham com o apoio de Jair Bolsonaro na sucessão campo-grandense. Tudo por causa da recente manifestação de Bolsonaro, revelando intenção de respaldar a indicação do deputado estadual João Henrique Catan (PL) para candidato.
Esta indicação tem na linha de frente o interesse dos militantes do PL, por ser o principal partido do bolsonarismo e ter representatividade bem maior que os demais. Em seus quadros, além de Catan, estão o deputado federal Marcos Pollon (PL), o mais votado em 2022, e o deputado estadual reeleito Coronel Davi. Ambos têm interesse aberto na indicação partidária.
Outras opções já assumidas ou à disposição da frente bolsonarista para fazer a disputa são o ex-candidato ao governo, Capitão Contar, e o ex-deputado estadual cassado recentemente cassado, Rafael Tavares, ambos do PRTB. Pode ser acrescido à lista dos que se decepcionaram com a manifestação de Bolsonaro a prefeita Adriane Lopes (PP). Ela é pré-candidata e sonha ser a candidata única do bolsonarismo, porém não tem a simpatia do PL.
FOGO NO PARQUINHO
Assessor de importante liderança do PL segredou na manhã desta sexta-feira, após ouvir a explosiva entrevista dada pelo ex-presidente ao Programa “Boca do Povo”, da Rádio Difusora Pantanal, que o apoio de Bolsonaro a Catan agora seria como acender um rastilho de pólvora no seio do bolsonarismo. “Ele [Bolsonaro] vem, põe fogo no parquinho e vai embora. Não vê que somos um partido grande, forte, que precisa andar unido e fazer democraticamente suas escolhas, claro, com aval do nosso líder maior”, protestou.
O círculo de seguidores e articuladores de Adriane Lopes sabe que a candidatura da prefeita não pode ficar isolada. Além disso, tanto a prefeita como seu grupo já entenderam que a senadora Tereza Cristina (PP), maior avalista de sua pré-candidatura, não deixará de acompanhar o ex-presidente se ele optar mesmo por um nome do PL. Este é o grande risco que Adriane está correndo, já que o PL e o PRTB não a aceitam e Bolsonaro dificilmente a elegerá como sua única candidata.
Bolsonaro, Catan e Contar: declaração implosiva tumultua ambiente bolsonarista Divulgação