Discussões emergem sobre possíveis alterações na Lei da Ficha Limpa, com foco na redução do período de inelegibilidade de oito anos.
O ex-presidente Jair Bolsonaro tem articulado propostas para modificar a Lei da Ficha Limpa, legislação que estabelece critérios de elegibilidade para cargos públicos no Brasil. O presidente da Câmara dos Deputado, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que oito anos de inelegibilidade “é um tempo extenso”. Ele foi questionado sobre a Lei da Ficha Limpa, que pode ser a nova aposta da oposição para fazer com que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) dispute a eleição presidencial de 2026.
A Lei da Ficha Limpa, sancionada em 2010, visa impedir a candidatura de políticos condenados por órgãos colegiados ou que tenham renunciado a seus mandatos para evitar processos de cassação. O período de inelegibilidade de oito anos tem sido um dos pontos centrais das discussões atuais.
Bolsonaro, que enfrenta desafios legais que podem afetar sua elegibilidade futura, tem buscado apoio para promover mudanças na legislação, visando reduzir o período de inelegibilidade ou alterar os critérios que levam à inabilitação política. Enquanto isso, Motta argumenta que a duração atual da inelegibilidade pode ser considerada punitiva além do necessário, sugerindo uma reavaliação do período estabelecido.
Essas movimentações têm gerado debates acalorados no cenário político brasileiro, com opiniões divergentes sobre a necessidade e a conveniência de alterar uma lei que foi concebida para promover a probidade administrativa e a moralidade no exercício de mandatos eletivos.
À medida que as discussões avançam, é fundamental acompanhar como essas propostas de mudança podem impactar o sistema político e eleitoral do país, bem como avaliar os possíveis efeitos sobre a transparência e a integridade na política brasileira.
Foto Capa: Mário Agra/Câmara dos Deputados
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