Prefeitura está engasgada com promessa não cumprida que pode deixar crianças sem escola na Capital
No ano passado, a Secretaria Municipal de Educação informava que em Campo Grande havia um déficit de 09 mil vagas nas Escolas Municipais de Educação Infantil (Emeis). E se a prefeitura não cumpriu a promessa de garantir ao menos 05 mil novas inscrições, é muito provável que neste ano letivo cerca de 08 mil crianças campo-grandenses fiquem sem estudar.
Para quem acompanha, esta realidade já é recorrente e atravessa anos seguidos sem que o poder publico local cumpra esta responsabilidade, que é sua. Trata-se de um caso que revela a inconsistência da política publica de educação ou a incapacidade de elaborar um planejamento orçamentária que, mesmo gradualmente, ano a ano, estivesse reduzindo o déficit.
Ocorreu o contrário. A deficiência de vagas é crescente, e avança a cada ano. A clientela desassistida aumenta e não existe uma estratégia mínima para interromper esta defasagem, acumulada principalmente desde a gestão de Alcides Bernal-Gilmar Olarte e agravada nos dois períodos conduzidos por Marquinhos Trad e sua substituta, a prefeita Adriane Lopes.
PRIVAÇÃO
Tudo deveria estar sendo feito para não permitir que quase 10 mil crianças entre zero e sete anos não fiquem privados de uma Emei, cujos serviços são fundamentais no atendimento por meio da rede publica: ensino pedagógico, creche, lazer, saúde, alimentação e outras formas de assistência e atenção ao publico infantil.
De acordo com a Secretaria de Educação, em 2023 perto de 09 mil crianças aguardavam vagas. A prefeitura disse que para 2024 seriam abertas 6,3 mil vagas. Para o jornal “Correio do Estado”, o secretário de Educação, Lucas Bittencourt, lembrou ter sido iniciada a construção de 166 novas salas nas escolas da Rede Municipal de Ensino (Reme), o que resultaria em mais 6.600 novas vagas nas Emeis.