Até adversários reconhecem leituras políticas inteligentes do líder tucano nas disputas eleitorais
Em 2020, quando se levantou a hipótese de lançamento do deputado federal Beto Pereira para representar o PSDB na sucessão municipal, houve certa perplexidade nos ambientes partidários. Campo Grande estava à espera de nomes que então eram considerados mais competitivos e trabalhados para fazer um enfrentamento desta envergadura.
Esta avaliação não resistiu mais do que quatro anos. Agora, em 2024, com Beto oficializado na disputa e as pesquisas apontando o impressionante avanço das intenções de voto em seu nome, confirma-se o olhar privilegiado de um dos mais eficientes leitores da política e dos sentimentos do eleitorado em Mato Grosso do Sul: Reinaldo Azambuja.
VÁRIOS DESAFIOS
O acúmulo de resultados vitoriosos em seu currículo engloba desde os desafios pessoais às decisões de apoio e parceria no jogo das urnas, atestando sua qualidade de estrategista. Ele já foi prefeito (de Maracaju, em duas gestões), deputado estadual, deputado federal e governador (também em dois mandatos). Sob o seu comando, o PSDB vem conhecendo as melhores experiências sob julgamento popular, tanto no exercício da gestão pública como na atividade político-partidária, haja vista a vitória de seu candidato, Eduardo Riedel, na sucessão regional.
É bem necessário frisar que, para alcançar estes resultados, além da intuição e da inteligência, Azambuja seguiu metodologias de ação e de planejamento científico, abasteceu seus conhecimentos – inclusive na lida com as redes sociais e tecnologias de comunicação -, e fez boas escolhas para caminhar consigo. Uma delas, a que opera na sustentação de seus projetos e na interlocução política, é a do discreto e produtivo Sérgio de Paula.
No universo das relações afetivas e da vida pública de Azambuja, poucas pessoas têm conhecimentos tão precisos sobre as perspectivas, as formulações e as soluções da forma como são estudadas e elaboradas. Sérgio de Paula dirigiu também o PSDB-MS e é um calço dos mais consistentes nas missões que o líder tucano vem cumprindo em Mato Grosso do Sul desde os primeiros anos de sua trajetória.
Além destes recortes, a conjuntura criada pelo ex-governador – com de Paula e o governador Eduardo Riedel na esteira – vem potencializando a capacidade de crescimento da competitividade tucana em Campo Grande. Vocacionado para o diálogo, Azambuja convenceu o ex-governador e ex-prefeito emedebista André Puccinelli a trocar sua candidatura e desembarcar com o MDB no QG eleitoral de Beto Pereira, repetindo semelhante resultado junto ao ex-presidente Jair Bolsonaro e o PL.
Desta forma, mesmo reconhecendo que a eleição na Capital será das mais acirradas, a militância do PSDB move-se com renovada confiança para continuar seguindo à liderança de Azambuja. Os adversários desta disputa já fazem esta leitura e estudam como neutralizar ou reduzir a influência que o líder social-democrata vai transferir para as urnas em favor de Beto Pereira.