Decisão de Lula e gestão de Prates confirmam megainvestimento em fertilizantes no município
Finalmente, o horizonte deixa de ser turvo e começa a clarear em Três Lagoas para a retomada de um dos megainvestimentos em território nacional. Trata-se da fábrica de fertilizantes UFN III, da Petrobras, cujas obras estavam concluídas em 81% quando foram interrompidas, há nove anos. No mês passado, a estatal lançou o edital de licitação para contratar serviços de avaliação do projeto, providência que cumpre uma decisão do presidente Lula e faz parte das prioridades do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates.
Segundo o titular da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Jaime Verruck, o processo prevê a aquisição de serviços de levantamento quantitativo para a elaboração da lista de materiais, equipamentos e serviços restantes necessários para a conclusão da unidade. A recuperação gradual que a gestão de Prates já deu à Petrobras um consistente crédito de confiança junto ao mercado, apesar das intempéries da economia mundial.
No caso da UFN III, logo ao assumir a presidência da empresa o senador licenciado Jean Paul Prates ouviu de Lula a recomendação e o estímulo para não abrir mão dos investimentos estruturantes e essenciais, tanto para o resgate da Petrobras como de seu papel estratégico no eixo desenvolvimentista do País. A fábrica em Três Lagoas foi incluída por ambos nos compromissos e no plano de investimentos.
MENOR DEPENDÊNCIA
A UFN III, quando concluída, terá um papel fundamental na redução da dependência brasileira em 15% dos nitrogenados. Com isto, contribuirá com a autonomia nacional no setor de fertilizantes. Verruck diz que mesmo assim alguns desafios precisam ser superados, como a necessidade de equacionar o fornecimento de gás nos próximos dois anos para atender à demanda estimada em 2,5 milhões de metros cúbicos de gás natural.
A fábrica de fertilizantes foi projetada para consumir diariamente 2,3 milhões de metros cúbicos de gás natural, fazendo a separação e os transformando em 3.600 toneladas de ureia e outras 2.200 toneladas de amônia por dia. “É um avanço importante no compromisso assumido pela Petrobras. Esta é uma etapa fundamental, de quantificação, de levantamento de custo e redefinição de cronograma”, frisou Verruck.
Ele disse que recebeu a informação com muito otimismo. “Estive com o governador Eduardo Riedel reunidos na a presidência da estatal no ano passado e ressaltamos a dimensão estratégica desse empreendimento para a economia sul-mato-grossense e nacional”, completou. As empresas que tentaram comprar a usina estimavam custos de 700 milhões de dólares (o equivalente a R$ 3.387.720.000,00) para encerrar a construção.