A primeira fase do programa – realizada entre 2021 e 2022 – tirou da escuridão 2.091 famílias de ribeirinhos, trabalhadores rurais, produtores e indígenas, além de escolas e comunidades, que foram atendidas em Corumbá e Porto Murtinho
“Ao levarmos energia para o Pantanal, damos dignidade ao pantaneiro”, afirmou o pré-candidato do PSDB ao Governo do Estado, Eduardo Riedel, referindo-se ao sucesso do projeto Ilumina Pantanal, desenvolvido e realizado por meio de parceria entre o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, Grupo Energisa e Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).
A primeira fase do programa – realizada entre 2021 e 2022 – tirou da escuridão 2.091 famílias de ribeirinhos, trabalhadores rurais, produtores e indígenas, além de escolas e comunidades, que foram atendidas em Corumbá e Porto Murtinho. Para a segunda fase do programa, que começa oficialmente na próxima segunda-feira, dia 25 de julho, a concessionária responsável pelo fornecimento de eletricidade para a maior parte de Mato Grosso do Sul, a Energisa, prevê atender mais 836 famílias, sendo 700 até setembro.
O projeto foi eleito o grande vencedor do Solar & Storage Live Awards 2021, na categoria “International Solar and/or Storage Project of the Year” (em português: Projeto Internacional Solar e/ou Armazenamento do Ano). “A pegada de sustentabilidade e respeito ao meio ambiente e populações locais foram o grande destaque desta iniciativa, que será ampliada nos próximos anos”, assegurou Riedel.
Toda a diversidade de biomas, fauna e flora sul-mato-grossenses são sensíveis as soluções tradicionais de eletrificação, como as redes de distribuição com a fiação exposta, que pela característica do Pantanal podem afetar aves de médio e grande porte. Para a instalação dos postes destas redes seria necessário a abertura de faixas de passagem, estradas para transporte e infraestrutura pesada de construção. Além do mais, seria necessário a construção de duas subestações de porte para distribuir energia na região. A configuração de uma subestação é muito sensível ao regime de alagamentos da região e a sua construção exigiria o transporte de equipamentos pesados por uma região que não possui infraestrutura viária para tal.
Por conta dessas dificuldades, iniciou-se em 2015 um projeto de pesquisa e desenvolvimento fomentado pela Aneel. O objetivo, desenvolver uma solução inovadora para levar energia as áreas isoladas do Pantanal. Foi realizado um levantamento inicial via imagens de satélite, buscando identificar, pelo tratamento das imagens digitais, a localização das potenciais unidades consumidoras. Posteriormente foi realizado o levantamento de campo a cada unidade a fim de verificar efetivamente o número de famílias e residências daquele local. Este levantamento indicou um total de 77 unidades que poderiam ainda ser atendidas com a extensão do sistema convencional de distribuição, e mais 2090 unidades que estavam distantes das redes, inviabilizando seu atendimento pela solução convencional. A pesquisa identificou aproximadamente 3,4 mil moradores que vivem nas regiões mais isoladas do Pantanal, sendo que 45% desse total, são ribeirinhos.
“Esta é uma iniciativa que melhora a qualidade de vida de mulheres e homens pantaneiros. Um projeto sustentável e acima de tudo de cunho social. É disso que o Mato Grosso do Sul precisa. Projetos de qualidade, que melhorem a vida de todos. E é nisso que estaremos focados”, assegurou Eduardo Riedel.