Depois de descumprir ordens, parlamentar volta a ser monitorado
O deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) colocou tornozeleira eletrônica nesta quinta-feira (31). O parlamentar chegou à superintendência da Polícia Federal em Brasília pouco antes das 15h e deixou o prédio 50 minutos depois, já com o dispositivo.
O parlamentar concordou com a instalação do equipamento de monitoramento após o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes determinar, na quarta-feira (30), que o Banco Central bloqueasse as contas bancárias ligadas a Silveira para garantir o pagamento de uma multa diária de R$ 15 mil caso o deputado continuasse se recusando a ser monitorado por tornozeleira eletrônica.
Silveira é réu no Supremo por estimular atos antidemocráticos e ameaçar instituições, entre elas o STF. Ele chegou a ser preso por divulgar um vídeo com ameaças a ministros do Supremo, mas foi liberado em novembro do ano passado com a condição de não se comunicar com outros investigados e ficar fora das redes sociais.
Moraes determinou no dia 25 que Silveira passasse a usar a tornozeleira eletrônica. A ordem do ministro do STF atendeu a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que apontou que, contrariando decisão judicial, o deputado havia participado de atos políticos e seguia praticando “comportamento delitivo contra o Estado Democrático de Direito, ameaçando e proferindo inúmeras ofensas” contra o Supremo e ministros da Corte.
Antes de colocar a tornozeleira, Daniel Silveira esteve no Palácio do Planalto e, da primeira fila dos convidados, participou de cerimônia de troca de ministros do governo com a presença do presidente Jair Bolsonaro.