Emeis fechadas provam: em quase 32.500 dias de poder Adriane Lopes ainda não sabe o que fazer pela cidade
Além dos cinco anos e três meses gozando da privilegiada condição de vice-prefeita e agora com mais dois anos e dois meses exercendo o mandato titular, a prefeita Adriane Lopes (PP) demonstra não conhecer ainda graves e antigos problemas de Campo Grande. Somados estes dois períodos, a prefeita já completou pouco mais de 89 meses no cargo – ou o equivalente a quase 32.500 dias de poder, como coadjuvante e protagonista.
Entre as tantas provas desse histórico desmazelo, milhares de mães, pais e responsáveis estão aflitos, na incerteza sobre os cuidados e o futuro de milhares de filhos que precisam de educação infantil e não têm. Quando assumiu, Adriane já sabia com detalhes que Marquinhos Trad (PSD), o prefeito da chapa em que se elegeu, não tinha resolvido o grave problema do déficit de vagas nas Escolas Municipais de Educação Infantil (Emeis).
DEMANDAS ACUMULADAS
Mesmo sabendo disso, a prefeita não focou seu olhar no problema e o resultado aí está: além da carência de novos estabelecimentos, o acúmulo das demandas atrasadas na rede publica de ensino fez com que as Emeis paralisassem suas atividades nesta terça-feira, 05. Por causa da falta de condições adequadas de trabalho, as profissionais de assistência que servem à rede física decidiram parar.
Este grupo de servidores trabalha nas salas de aula auxiliando o corpo de educadores especializados no ensino infantil. Entre os estabelecimentos afetados estão a Emei, Ishida Nascimento Nogueira e a Eleodes Estevan. Na pauta de reivindicações, destaca-se a melhoria dos salários, que em média estão em torno de R$ 1,5 mil mensais. Uma dessas escolas tem um déficit de oito profissionais.
Em campanha dissimulada, mas febril, para construir seu projeto de reeleição, Adriane Lopes não presta atenção na importância e no alcance social dos servidores publicos municipais. As assistentes da educação infantil têm uma responsabilidade ímpar, das mais delicadas, que é cuidar das crianças de zero a seis anos, prestando os serviços pertinentes e o direito de acessos iniciais ao conhecimento.