Cartão corporativo: Bolsonaro gastou R$ 1,46 milhão em um único hotel e R$ 362 mil na mesma padaria. Despesas chegam a R$ 27,6 milhões, incluindo gastos com sorvete, cosméticos, pet shop e na Havan; dados foram obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação
Foram divulgados nesta quinta-feira (12) os gastos do cartão corporativo da presidência da República, enquanto Jair Bolsonaro (PL) ainda era presidente.
Cerca de R$ 27,6 milhões foram gastos com sorvetes, cosméticos e hotéis de luxo. As informações foram adquiridas pela Fiquem Sabendo, agência especializada na Lei de Acesso a Informação e publicadas pelo Estadão.
Gastos com doces e mercado gourmet
A reportagem revela 62 compras feitas em cinco sorveterias, somando um gasto de R$ 8,6 mil. Em uma dessas sorveterias foram gastos R$ 540 em uma só compra.
Comprar sorvete ou guloseimas com o cartão corporativo não é ilegal, mas apenas vai contra o proposito do cartão, que deve ser usado apenas com gastos fundamentais do governo.
Em um mercado gourmet do Distrito federal, foram gastos R$ 678 mil em 1,2 mil compras.
Lojas Havan
O cartão corporativo também foi utilizado para comprar itens de caça e pesca na filial da Havan no Distrito Federal.
Ao todo, foram gastos R$ 460 na loja do aliado de Bolsonaro, Luciano Hang.
Hotéis de Luxo
Cerca de R$ 13,6 milhões do cartão corporativo foram gastos com hospedagem.
Um dos hotéis de luxo que receberam grandes quantias do cartão corporativo de Bolsonaro é o Ferraretto Hotel, no estado de São Paulo. Durante os quatro anos de governo, o estabelecimento recebeu R$ 1,4 milhão.
Restaurantes e padarias
No restaurante Sabor da Casa, em Roraima, há uma nota de R$ 109 mil. O estabelecimento vende marmitas por R$ 20.
A filial da padaria Santa Marta recebeu valores do cartão corporativo que variam de R$ 880 a R$ 55 mil. No total, o estabelecimento recebeu R$ 362 do cartão corporativo do presidente Bolsonaro.