Pesquisa mostra revolta com vereadores que não fiscalizam e apoiam a má gestão, abandono e o desleixo da cidade
Eleitos democraticamente pelo voto popular, os vereadores têm a atribuição constitucional de cumprir três obrigações: legislar, fiscalizar o Executivo e fortalecer a democracia. Todavia, em Campo Grande um destes três papéis está sendo jogado no lixo: a Câmara Municipal trocou a obrigação de fiscalizar os atos do Executivo e seus integrantes, salvas as raras exceções, deixaram de ser representantes do povo para representarem aqueles que o infelicitam com sua má gestão.
Há mais de sete anos os desgovernos da dupla Marquinhos Trad e Adriane Lopes (PP) castigam a população com atendimento caótico nos vários serviços sob responsabilidade da prefeitura. Para isto, contaram e contam com a cobertura e o apoio da Câmara Municipal, cuja maioria é governista. O elenco de desatinos engloba escândalos, inadimplência, empreguismo, abusos laborais e gastança sem freios, até com uso de folha secreta de repasses e super salários para uma minoria de privilegiados. A tal folha secreta continua protegida pelos vereadores adrianistas.
Assim, não veio ao acaso a pesquisa do Ranking Brasil Inteligência sobre as intenções de voto para a vereança. A pontuação dos vereadores é tão baixa que trafega entre o ridículo e o vergonhoso. A sentença do povo, o melhor julgador da coisa publica, retrata a realidade. Contratada pelo site Diário MS News e registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o nº MS-05481/2024, a pesquisa ouviu 2 mil eleitores de 02 a 07 deste mês. O intervalo de confiança é 95% e a margem de erro máxima de 2,20%, para mais ou para menos.
PONTUAÇÕES RIDÍCULAS
Entre os atuais vereadores, o melhor pontuado é o Professor Juari. Ele está em segundo lugar, com apenas 1,15%. Depois, Silvio Pitú, com 1,10% e Professor Riverton. Em seguida, no sétimo lugar, com 0,7% cada um, está Ronilço Guerreiro Na oitava posição, Otávio Trad e Carlão Borges, o presidente do Legislativo, cada um, com 0,6%.
Os demais vereadores estão ainda mais abaixo, comendo poeira até de desconhecidos. Tabosa, Valdir Gomes e Tiago Vargas empatam em posições inexpressivas, com 0,4% cada um. Alírio Villasanti, Sandro Benites, Victor Rocha, Beto Avelar,e Papy aparecem no patamar dos 0,3%, sendo que 66% dos entrevistados não responderam ou não souberam responder. A relação completa dos resultados pode ser conferida nos gráficos.