Adriane Lopes (PP), prefeita de Campo Grande, acaba de decretar situação de emergência em Campo Grande, por conta das elevadíssimas taxas de ocupação de leitos da rede própria pública da Saúde, principalmente nas Unidades de Terapia Intensiva (Tis) neonatal e pediátrica. A principal causa seria (é) o grande aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave – SRAG de etiologia viral.
Em entrevista à rádio CBN, a prefeita culpou aglomerações públicas – principalmente a Expogrande – pela epidemia virótica. Curiosamente, Adriane foi frequentadora assídua do stand da Prefeitura Municipal na festa agropecuária.
E para piorar e colocar de vez a saúde campo-grandense na UTI, é grande a reclamação e revolta da população pelo serviço ora oferecido nas Unidades de Saúde da cidade (e por falar em aglomeração, dona Prefeita, experimenta dar uma passada num posto de saúde da cidade que a senhora administra por favor). De filas quilométricas a falta dos mais básicos medicamentos, a grita é geral.
E aqui ofereço uma reflexão: como assim falta até Dipirona? Ora, o dinheiro da Saúde da cidade é clara e antecipadamente garantido pelo Orçamento Municipal. Em 2024, Campo Grande tem orçamento de pouco mais de R$ 6 Bilhões, um aumento de 14,2% em relação a 2023. Para a Saúde, o valor é de R$ 2 Bilhões,
Agora, se o valor para a Saúde municipal é previamente aportado, cabe responder algumas perguntas básicas:
“Se com o dinheiro em caixa com tanto tempo de antecedência e faltando medicamentos básicos, a Prefeitura deixou de adquiri-los ou o mercado farmacêutico não tem para vender?”
“Se a Prefeitura não comprou os remédios, o que fez com o dinheiro?”
“Qual o motivo e em que ponto a Prefeitura deixou de cumprir o que determina a Lei Orçamentária e a própria Constituição Federal?- E, por último, com a falta de remédio para a população, é incompetência ou Crime de Responsabilidade? “