Caso aconteceu durante uma sessão fotográfica e é investigado sob sigilo pela Deam
Uma mulher de 36 anos denunciou um fotógrafo de Campo Grande por estupro durante uma sessão de fotos. O crime ocorreu em outubro no estúdio do fotógrafo, no Bairro Santa Fé, e só foi divulgado agora. A vítima relatou que o fotógrafo, sob pretextos de melhorar as fotos, a forçou a tirar a roupa e a agrediu sexualmente, chegando a filmar o ato e cobrar um valor adicional. O caso está sendo investigado pela Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) sob sigilo.
A vítima, que terá a identidade preservada, contou que no dia 25 de outubro esteve no estúdio do homem após agendar a sessão de pacote promocional para a finalização de seu curso de graduação. Ela chegou 30 minutos antes do horário combinado e foi recebida pelo próprio fotógrafo.
“Ele me ofereceu água e café, ficou conversando comigo para descontrair. Contou algumas histórias dele. Falou sobre o meu curso. Como era pacote promocional, eu já fui logo perguntando onde eu poderia trocar a roupa para iniciar, mas ele sugeriu fazermos as fotos com o vestido que eu estava usando. Fiquei surpresa e cheguei a questioná-lo, mas ele disse que era um vestido bonito e começou a me fotografar”, relatou a mulher.
O fotógrafo, então, começou a sugerir poses, até que a mulher perguntou se poderia colocar um jaleco e ele disse não. “Foi tirando fotos sem parar, até que pediu para eu me virar porque minhas costas eram bonitas e definidas. Segundo ele, a foto ia ficar muito boa e eu amaria o efeito da sombra. Só que ele olhou de longe e disse que minha calcinha estava marcando no vestido e pediu para tirar”, continuou.
Conforme a vítima, o homem, então, saiu da sala para que ela tirasse a roupa íntima e depois retornou dizendo que as fotos ficariam muito melhores. Ela, por sua vez, sugeriu novamente pôr o jaleco, mas o profissional negou e continuou elogiando a cliente, que passou a se incomodar cada vez mais.
“Eu não tinha usado nada do que tinha levado para o ensaio, ele ficava me elogiando. Aí percebeu que eu estava apreensiva e me pediu para tomar água e trocar de roupas que ele me filmaria pelo celular para que eu postasse nas minhas redes sociais. Coloquei a outra roupa e, quando voltei, ele fez a filmagem e aí voltou a me fotografar. Já tinha passado 1 hora do ensaio e aí o terror começou”, contou a vítima.
À reportagem, ela alegou que neste momento o fotógrafo pediu que ela tirasse a roupa e ela negou. No entanto, ele passou a insistir. “Ele saiu da sala, pegou um pote de óleo, voltou e foi bem incisivo comigo. Eu travei. Não consegui mais pensar. Ele chegou perto de mim e começaram os abusos. Ele ia falando para eu não ficar assustada e para eu me soltar mais. Eu não tinha reação”, disse a mulher.
“Fiquei totalmente sem roupa e ele foi passando a mão em todo o meu corpo. Até que chegou na minha genitália e eu o empurrei. Ele me olhou sério e me disse que eu estava tensa demais. E continuou os abusos. Empurrei ele novamente com meus pés e disse que queria ir embora. Mas ele não parou. Ele começou a me filmar e falar um monte de coisa”, continuou.
Depois de alguns minutos de abusos, a mulher conseguiu se levantar e foi até o banheiro. O fotógrafo então foi atrás e a puxou para um outro cômodo. “Ele me mandou ficar de quatro. Ficou me torturando dizendo que eu não estava com uma cara boa. Que eu tinha que passar leveza para que ele me fotografasse. Eu tentei fazer o que ele queria para poder ir embora. Sabe Deus o porquê não consegui me defender desse abusador nojento”, desabafou a mulher.