Patrão e o colega de trabalho de Wesner Moreira da Silva, de 17 anos, foram condenados em março do ano passado
Após quase 7 anos de um crime brutal que chocou a cidade de Campo Grande, a justiça finalmente decretou a prisão de Thiago Giovanni Demarco Sena e William Enrique Larrea, condenados pela morte de Wesner Moreira da Silva, de apenas 17 anos, em 2017, após ter mangueira de compressão, usada na limpeza de carros, introduzida no ânus. Ele trabalhava em um lava a jato na Avenida Interlagos, em Campo Grande. Com a pressão do ar, ele perdeu metade do intestino e teve vários outros órgãos lesionados até sofrer hemorragia grave e parada cardiorrespiratória.
Thiago introduziu uma mangueira de ar comprimido no ânus do adolescente enquanto William o segurava e imobilizava. Wesner ainda foi levado a um posto de saúde e à Santa Casa, mas não resistiu aos ferimentos.
A família de Wesner clamava por justiça desde o dia do crime. A brutalidade do assassinato e a frieza dos assassinos geraram grande comoção na comunidade. A investigação foi longa e complexa, mas finalmente os acusados foram levados a júri popular.
Em 30 de março de 2023, após quase 12 horas de julgamento, Thiago e William foram condenados a 12 anos de prisão em regime fechado por homicídio qualificado. Apesar da condenação, os réus recorreram em liberdade e não foram presos até agora.
Finalmente, em 14 de fevereiro de 2024, o juiz expediu os mandados de prisão dos acusados. Eles podem se apresentar à justiça com seus advogados, mas caso não o façam, serão considerados foragidos.
A prisão de Thiago e William representa um passo importante na busca por justiça para Wesner e sua família. Apesar da dor da perda, a família espera que este seja um momento de paz e que a justiça seja finalmente feita.
O caso de Wesner Moreira sensibilizou a comunidade e gerou debates sobre violência, homofobia e a necessidade de punição exemplar para crimes bárbaros como este. A prisão dos condenados é um sinal de que a justiça, embora lenta, pode alcançar os responsáveis por crimes hediondos.
Esperamos que este caso sirva como um exemplo de que a impunidade não será tolerada e que a justiça sempre prevalecerá.