Motociclista, de 40 anos, afirma que Lucca Assis Mandetta, de 26 anos, não parou no semáforo do cruzamento onde ocorreu a batida
O acidente ocorreu na tarde de domingo (25) em Campo Grande. Lucca chegou a ser preso, mas foi liberado horas depois.
A testemunha da batida é um motociclista de 40 anos que prestou depoimento nesta quarta (28). À polícia, o homem afirmou que encontrou o veículo de luxo, conduzido por Lucca, quando parou no semáforo da rua Marechal Rondon com a Calógeras.
Testemunha-chave do acidente que resultou na morte da jovem Letícia Machado Gonçalves, de 19 anos, confirmou à polícia que o motorista da BMW, Lucca Assis Mandetta, de 26 anos, avançou o semáforo da rua Marechal Rondon, causando a batida no cruzamento com a rua 14 de Julho. O acidente ocorreu na tarde de domingo (25). Lucca chegou a ser preso, mas foi liberado horas depois.
Quando o semáforo abriu, os dois veículos saíram ao mesmo tempo. No cruzamento seguinte da Marechal com a rua 14 de Julho, o semáforo fechou novamente; o motociclista parou, mas o condutor da BMW não, relatou a testemunha.
“Será que ele não viu?”, disse ter pensado o motociclista.
Quando a BMW estava no meio do cruzamento, o rapaz disse ter ouvido o som de uma buzina e, em seguida, viu o momento em que a BMW atingiu a traseira da motocicleta que era pilotada por Letícia.
A testemunha desceu da moto e foi prestar socorro à vítima. Ao se aproximar, o rapaz percebeu que Letícia estava imóvel e sem batimentos. Ele disse ter questionado Lucca se ele não tinha visto que o sinal estava vermelho.
O motorista disse que “não”, se ajoelhou e “começou a rezar”.
“Espero que ela esteja bem”, teria dito Lucca.
Em seguida, várias pessoas se aproximaram e logo o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) também chegou ao local. Antes de deixar o acidente para ir ao trabalho, a testemunha repassou seus dados pessoais para os guardas que atenderam a ocorrência.
Em liberdade
Questionado sobre o depoimento da testemunha, Wender Thiago dos Santos Braz, advogado de Lucca, informou que “ainda não teve acesso à integra do depoimento”.
“Após termos as informações necessárias para nos pronunciarmos”, diz o delegado Wender Thiago dos Santos Braz. Na data do acidente, os advogados do motorista afirmaram que o acidente foi uma “fatalidade”.
Confira nota divulgada pela defesa, após o acidente,
Com o apoio da perícia, a Polícia Civil apura a dinâmica do acidente. Imagens de câmeras de segurança devem ajudar na apuração. O prazo para conclusão do inquérito é de até 30 dias.