Servidor da Funesp preso com munições e drogas levanta diversas questões e abre espaço para reflexões importantes sobre segurança pública, corrupção e a relação entre instituições e indivíduos
Homem de 28 anos, servidor da Funesp (Fundação Municipal de Esportes), onde exerce a função de organizador de eventos no Bairro Guanandi, foi preso com munições e drogas. O flagrante foi ontem (8) na Rua Ranulfo Corrêa, na Vila Nhanhá, em Campo Grande.
Um servidor público, responsável por organizar eventos esportivos, com um passado envolvendo receptação. Essa combinação de papéis pode gerar um choque de expectativas e levantar questionamentos sobre como alguém com essa função pode estar envolvido com atividades ilícitas.
A quantidade de munições, a presença de drogas e materiais para embalar a droga, além da fuga do suspeito, são evidências contundentes que indicam envolvimento com o tráfico de drogas. A balança de precisão reforça a hipótese de comercialização de drogas.
A prisão ocorreu em uma área urbana, o que demonstra que o tráfico de drogas não se restringe a determinadas regiões e pode estar presente em diversos locais, inclusive em áreas consideradas mais seguras.
O envolvimento de um servidor público em um crime dessa natureza mancha a imagem da Prefeitura e levanta questionamentos sobre os processos de seleção e acompanhamento dos funcionários.
Conforme boletim de ocorrência, a PM (Polícia Militar) fazia rondas na Avenida Costa e Silva, próximo a hipermercado, quando o condutor de uma moto preta passou pela equipe policial em alta velocidade com um volume na cintura.
A situação chamou a atenção dos militares, que decidiram abordá-lo dando ordem de parada. Porém, o homem não acatou e fugiu. Mais tarde, no mesmo dia, em rondas pela Ranulfo Corrêa, o suspeito foi localizado.
Com o servidor, no bolso da calça, e na casa dele foram encontradas mais de 100 munições e seis porções de pasta base de cocaína, debaixo da cama. Junto ao entorpecente, havia balança de precisão, faca com resquícios da droga e papel filme para embalar a pasta base. Ele foi preso em flagrante e levado para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol (Centro Especializado de Polícia Integrada).
Na delegacia, o servidor disse que nunca cumpriu pena, mas em 2020 já foi preso por receptação. Quanto aos fatos, respondeu que só irá se pronunciar em juízo. Ele vai passar por audiência de custódia nesta manhã na Justiça.