Em maio de 2020, Suail conseguiu fugir do maior presídio de Mato Grosso do Sul, por um buraco no canil
Suail Nascimento Souza, 56 anos, foragido da justiça desde 2020 após escapar da Penitenciária Estadual de Dourados (MS), foi recapturado em uma operação conjunta das forças de segurança contra o tráfico de drogas em Goiás na última sexta-feira (19). Ele é apontado como um dos sequestradores de Wellington Camargo, irmão dos cantores sertanejos Zezé Di Camargo e Luciano, em 1998.
A prisão ocorreu no dia 19 de abril e só foi divulgada pela Polícia Militar de Goiás nesta segunda-feira (22). Suail foi preso junto com outras duas pessoas durante uma abordagem a uma caminhonete.
Na caminhonete, foram encontrados 510 kg de maconha, 20 kg de cocaína e 10 kg de skunk, totalizando um prejuízo estimado de R$ 3 milhões. No momento da prisão, Suail apresentou documento falso.
Suail fugiu da PED em 6 de maio de 2020 através de um buraco no canil, local onde trabalhava como cuidador dos cães.
Na época, a parte externa da penitenciária estava sem vigilância da Polícia Militar. Ele cumpria pena por roubo a banco.
Sequestro de Wellington Camargo
Suail também é acusado de ser um dos sequestradores de Wellington Camargo, irmão de Zezé Di Camargo e Luciano. O crime ocorreu em dezembro de 1998 e a vítima ficou em cativeiro por 96 dias, sofrendo torturas. Durante as negociações para o resgate, Wellington teve parte da orelha esquerda cortada.
Os sequestradores pediram US$ 5 milhões, mas a família pagou US$ 300 mil e Wellington foi libertado em 21 de março de 1999. Após investigação, 23 pessoas foram presas, incluindo Suail.
Suail já havia fugido da prisão outras vezes: em 2002, ele escapou de um presídio em Maceió (AL), e em 2006, do Presídio Estadual de Foz do Iguaçu (PR). Ele é considerado um dos líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC) em Roraima. O PCC é uma organização criminosa paulista com atuação em diversos estados brasileiros.
A recaptura de Suail é um importante passo no combate ao crime organizado, tanto ao tráfico de drogas quanto aos sequestros. O caso também serve como um lembrete da necessidade de reforçar a segurança das penitenciárias brasileiras.