Foram condenados em ação por maus-tratos movida pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), após morte de um cachorrinho que pertencia ao casal em maio de 2022
Réus no caso Sophia, Stephanie de Jesus e Christian Campoçano, mãe e padrasto da menina, foram condenados em ação por maus-tratos movida pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), após morte de um cachorrinho que pertencia ao casal em maio de 2022, oito meses antes de Sophia morrer.
O animalzinho, batizado com o Maylon, foi encontrado por equipe da Decat (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e de Atendimento ao Turista), “defecando sangue, e, os denunciados não buscaram o socorro médico veterinário, além de o deixaram, sem alimento, e, amarrado com fio curto na área de serviço da casa repleta de fezes”, descreve os autos.
Antes da sentença, a dupla, que está presa desde janeiro de 2023 acusada do assassinato da criança, negou em interrogatório que tenha cometido o crime. Stephanie justificou que estava grávida da filha caçula à época e, por isso, não pôde socorrer o cãozinho. Christian, por sua vez, disse não haver condições financeiras para levá-lo ao veterinário.
No entanto, segundo o juiz Marcio Alexandre Wust, ambos não apresentaram nada além de palavras para comprovar que não há culpa. Por outro lado, quatro testemunhas ouvidas em juízo atestaram ter presenciado o cenário descrito acima.
“Há nos autos elementos suficientes a incriminá-lo, ou seja, circunstâncias conhecidas e provadas que tem relação com o fato e que autorizam concluir ser os acusados autores de fato típico, antijurídico e culpável, isto é, de crime de maus-tratos”.
Condenação
Os dois foram condenados a dois anos de reclusão, multa de 10 dias-multa, e, proibição de ter guarda de animais. Pena de reclusão revertida no pagamento de R$ 2,8 mil, equivalentes a dois salários mínimos. Também terão que arcar com R$ 466 referente aos dias-multa.