Os envolvidos na organização criminosa responderão pelos crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa e outros crimes a que forem imputados
Em uma ação de grande envergadura, a Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta terça-feira (17) a Operação Vagus, desarticulando uma complexa rede criminosa internacional responsável por um esquema de lavagem de dinheiro que movimentou mais de R$ 82 milhões em apenas dois anos. A operação, que contou com a participação de 190 policiais federais e a colaboração da Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai (Senad), resultou no cumprimento de 34 mandados de busca e apreensão, além de mandados de prisão preventiva e temporária em diversos estados brasileiros.
A investigação revelou que a organização criminosa utilizava uma sofisticada estrutura para ocultar a origem ilícita dos recursos provenientes, principalmente, de câmbio ilegal e tráfico de drogas. Bancos paralelos, empresas de fachada e pessoas físicas (laranjas) eram utilizados para movimentar o dinheiro, direcionando depósitos e transferências bancárias para diferentes regiões do país.
Posteriormente, os recursos eram desviados para casas de câmbio no exterior, permanecendo à disposição das organizações criminosas. A escolha do nome “Vagus” para a operação faz referência ao comportamento de um dos investigados, que se deslocava constantemente pelo Brasil para realizar depósitos em diversas agências bancárias.
A Operação Vagus representa um duro golpe ao crime organizado, desarticulando uma rede criminosa que atuava de forma transnacional e lavava grandes quantias de dinheiro provenientes de atividades ilícitas. A ação demonstra a eficiência da cooperação entre as forças policiais brasileiras e estrangeiras no combate ao crime organizado.
A operação é um desdobramento da Operação Operador Fenício II, deflagrada em novembro de 2022, que investigou crimes financeiros na região fronteiriça entre Brasil e Uruguai. As investigações continuam em curso, com o objetivo de identificar outros envolvidos na organização criminosa e desmantelar completamente a estrutura da rede.
Os envolvidos na organização criminosa responderão pelos crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa e outros crimes a que forem imputados. As penas podem chegar a vários anos de prisão.