O radialista Humberto Coronel, da Radio Amambay 570AM, teria se negado a receber custódia da polícia paraguaia e do Ministério Público daquele país. Ameaçado há três meses, ele foi executado na tarde de terça-feira (6/9) próximo a emissora que trabalhava, em Pedro Juan Caballero, na fronteira com o Brasil através de Ponta Porã.
Em entrevista ao portal ABC Color, a promotora Katia Uemura disse que os dois órgãos estavam à disposição do comunicador, porém, por uma decisão dele, a segurança foi negada.
“Tanto o Ministério Público como a Polícia estavam à disposição dele, a procuradoria ordenou uma custódia policial permanente e a polícia se colocou à disposição. Foi uma decisão pessoal de Humberto em rechaçar”, contou.
Apesar disso, dois policiais estavam na frente da emissora de rádio quando a vítima deixou o prédio e acabou atacado por um pistoleiro de moto.
Oito disparos atingiram o comunicador, que morreu no local antes da chegada do socorro.
Katia também alegou que Humberto deveria ter tomado os cuidados necessários após receber as primeiras ameaças e tirou dos órgãos de segurança a responsabilidade pela morte dele.
“Não atribuiria à Polícia ou a Procuradoria essa responsabilidade [pela morte], porque uma pessoa ameaçada diretamente deve se resguardar”, contou ao portal do jornal ABC Color.
Apesar disso, os dois policiais que faziam a segurança do radialista passaram por oitivas e terão os aparelhos de telefone celular periciados.