Suspeita permanece presa e polícia investiga se homicídio tem relação com tráfico de drogas
A reclamação diante da ‘qualidade’ do entorpecente comercializado por Bruna Sorlei Camargo, 27, resultou no assassinato de Sérgio Barbosa de Freitas, 27, na madrugada de domingo (15), em Dourados. O crime aconteceu na rua Ataíde de Souza Leitão, no Parque do Lago II, em frente a uma escola do município.
Segundo o Dourados News, a suspeita permanece presa em uma das celas da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário). Segundo as investigações, ela atua como traficante na região e teria vendido pasta base de cocaína à vítima.
Em entrevista na manhã desta terça-feira (17), o delegado do SIG (Setor de Investigações Gerais), Erasmo Cubas, relatou que depois do assassinato, os policiais descobriram através de testemunhas que Bruna teria fugido na companhia do namorado para Nova Alvorada do Sul.
Na tarde de ontem (16), o casal foi preso em um hotel daquela cidade. No mesmo período, outra mulher, suspeita de participação na ação, acabou detida no bairro Jóquei Clube, em Dourados.
“Após o crime, passamos a investigar e algumas testemunhas presenciaram o que aconteceu (…). Inicialmente, os suspeitos eram duas mulheres e um homem e passamos a monitorar a região no domingo, mas não encontramos nada. Na segunda-feira, tomamos conhecimento da fuga e localizamos uma pessoa que teria apoiado [a fuga]. Ela disse que deixou [o casal] em Nova Alvorada”, contou o delegado.
Em contato com a Polícia Civil daquela cidade, os investigadores realizaram ação conjunta e encontraram os dois no hotel. Já a terceira suspeita acabou detida e encaminhada ao SIG.
Durante conversas com testemunhas, as investigações mostraram que tanto o namorado de Bruna, quanto a outra mulher envolvida não participaram efetivamente do crime, partindo de uma ação isolada da suspeita diante da reclamação da vítima sobre a qualidade da droga comercializada. Os dois acabaram liberados pela polícia.
“Ouvimos outras pessoas e testemunhas que estavam na hora do fato. Ficou nítido que não houve participação efetiva dos três. Quem executou seria a traficante da região. Um pouco antes, ela vendeu as drogas e o rapaz reclamou da ‘qualidade’ do entorpecente. Houve um desentendimento, bate-boca, ela [Bruna] sacou arma da bolsa e atirou”, contou o delegado.
Sérgio foi morto com pelo menos três disparos, dois deles nas costas. A arma utilizada não foi encontrada.
Durante a oitiva, a suspeita se preservou no direito de se manter em silêncio.
Após a prisão em flagrante, o delegado representou pela preventiva de Bruna junto à Justiça.