Apesar de já ter sido condenado pelo estupro de um dos meninos, o capoeirista recorre da decisão em liberdade
O caso do professor de capoeira acusado de estupro é um tema extremamente delicado e complexo, com diversas implicações sociais e legais. A terceira audiência, marcada pela morte de uma das vítimas, traz à tona a necessidade de uma análise aprofundada e a produção de conteúdos que informem e sensibilizem o público.
A tarde desta sexta-feira (6) foi marcada por mais um capítulo na saga judicial envolvendo o professor de capoeira acusado de estupro contra seus alunos. A terceira audiência do caso, realizada no Fórum de Campo Grande, trouxe à tona a dor e a indignação das famílias das vítimas, em especial após a trágica morte de um dos jovens denunciantes em outubro de 2021.
O rapaz, que tinha apenas 13 anos quando sofreu os abusos, denunciou o professor um ano antes de falecer, mas o caso não avançou por falta de provas. A família relata que, na época, um primo da vítima também registrou um boletim de ocorrência, denunciando o mesmo professor.
Apesar de já ter sido condenado pelo estupro de um dos meninos, o capoeirista recorre da decisão em liberdade. As duas audiências anteriores foram dedicadas à oitiva das testemunhas de acusação e defesa, além dos depoimentos das vítimas. Nesta sexta-feira, o réu será ouvido por videoconferência.
A audiência ocorre no Tribunal do Júri desde o início da tarde, mas a imprensa não pode acompanhar os detalhes, já que o caso corre em segredo de justiça.
A morte do jovem de 18 anos, encontrada no Parque dos Poderes, reabriu as feridas das famílias e amigos das vítimas, que clamam por justiça. A ausência de provas e a demora na resolução do caso geram revolta e frustração.