Dos 23 presos que saíram do presídio de Mossoró, dois vieram para Campo Grande. O restante foi para Catanduvas, no Paraná
O presídio federal de segurança máxima de Campo Grande recebeu dois presos da unidade de Mossoró (RN), de onde fugiram dois criminosos, no dia 14 de fevereiro. A movimentação foi feita pela Senappen (Secretaria Nacional de Políticas Penais), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, que remanejou 23 detentos do sistema penitenciário federal, incluindo Fernandinho Beira-Mar, considerado um dos líderes da facção criminosa Comando Vermelho (CV).
Toda a operação foi feita em sigilo, como é de praxe, para evitar qualquer risco de tentativa de resgate. Os presos foram remanejados entres as penitenciárias federais entre sexta-feira (1º) e domingo (3). A divulgação, porém, só foi divulgada nesta segunda-feira, sem detalhes.
O ministério não informou quem são os demais presos transferidos, nem para quais unidades eles foram levados. Segundo a reportagem levantou, foram transferidos para Campo Grande dois integrantes de milícia armada.
Nota do Ministério da Justiça
“O remanejamento de presos no âmbito do sistema penitenciário federal é uma medida importante para seu perfeito funcionamento, pois visa impedir articulações das organizações criminosas dentro dos estabelecimentos de segurança máxima, além de enfraquecer e dificultar vínculos nas regiões onde se encontram as penitenciárias federais”
O sistema federal costuma fazer rodízio entre as unidades, localizadas em Campo Grande (MS), Catanduvas (PR), Mossoró (RN) e Porto Velho (RO).
Beira-Mar
Beira-Mar, um dos transferidos, segundo o site G1, cumpria pena no presídio federal de Mossoró (RN), o mesmo de onde dois detentos fugiram em 14 de fevereiro deste ano. Antes de Mossoró, ficou por quase quatro anos em Campo Grande.
A fuga de Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento foi a primeira registrada no sistema penitenciário federal desde que ele foi criado, em 2006, para isolar lideranças de organizações criminosas e presos de alta periculosidade.
Estava sendo realizada uma operação na penitenciária. As investigações indicam que a dupla usou ferramentas que encontraram largadas dentro do presídio para abrir o buraco por onde fugiram de suas celas individuais. Foram constatadas várias falhas nos equipamentos de segurança, como no sistema de monitoramento.
Foram abertos um processo administrativo e um inquérito da Polícia Federal ara apurar as circunstâncias e responsabilidades pela fuga.
A caçada aos fugitivos continua.