Em setembro, o empresário foi denunciado pelo MPMS
O caso do empresário Arthur Torres Navarro envolvendo um acidente fatal com um Hudson de Oliveira Ferreira atingiu motoentregador, onde o motorista do Porsche estava em alta velocidade 89 KM, apresenta diversos aspectos legais e sociais complexos.
O pedido de acordo de não persecução penal, feito pela defesa de Arthur, busca encerrar o processo antes mesmo de ele começar, oferecendo algum tipo de compensação à vítima ou à sua família. No entanto, o Ministério Público já ofereceu denúncia, formalizando a acusação contra o empresário.
A denúncia do MP é clara e detalhada, descrevendo a conduta de Arthur como imprudente e criminosa, com a acusação de homicídio culposo e omissão de socorro. A alta velocidade do Porsche, comprovada pela perícia, é um fator agravante.
Mesmo com a denúncia, a possibilidade de um acordo ainda existe, mas dependerá da aceitação do Ministério Público e da família da vítima. No entanto, a gravidade do crime e a repercussão social do caso dificultam a negociação.
Família pede indenização
A família do motoentregador Hudson de Oliveira Ferreira pedirá à Justiça R$ 1 milhão de indenização. De acordo com a advogada da família, Janice Andrade, o pedido será de indenização por danos morais e pensão para os filhos calculando a expectativa de vida de Hudson, que seria de aproximadamente 75 anos, sendo calculado R$ 3 mil por mês multiplicado pelos anos de vida do motoentregador.
Com isso, o valor da indenização deve ser entre R$ 670 mil e R$ 1 milhão. Ainda de acordo com Janice, além de Arthur, o pai dele, e dono do Porsche, também será arrolado no processo de pedido de indenização.
Arthur Torres Rodrigues Navarro, empresário do Bada Bar – estabelecimento localizado em bairro de alto padrão de Campo Grande –, ainda pode ter a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) suspensa. A delegada Priscilla Anuda, da 3ª Delegacia de Polícia Civil, que investiga o caso, enviou a solicitação da suspensão da carteira de Arthur ao Poder Judiciário. Ela também pediu que o empresário fique proibido de sair da cidade e de frequentar bares e casas noturnas.