A arma tinha sido apreendida em 2014 e fazia parte de inquérito policial em andamento na 2ª DP
Foi demitido o policial civil, Márcio André Molina Azevedo, investigado na Operação Codicia, deflagrada no início de 2022, por suposto envolvimento em esquema de corrupção na fronteira com o Paraguai. A demissão assinada pelo secretário Estadual de Justiça e Segurança Pública, Antônio Carlos Videira, foi publicada no Diário Oficial do Estado desta quinta-feira (22).
O agente era lotado em Ponta Porã, cidade 295 quilômetros distante de Campo Grande, e estava afastado da função desde então.
De acordo com investigação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), entre 2017 e 2021, escrivães, investigadores e um perito criminal cobravam “taxas” para liberar veículos apreendidos na 2ª Delegacia de Polícia Civil de Ponta Porã.
A apuração apontou, ainda, que Molina chegou a apreender veículos sem qualquer respaldo legal, somente para cobrar pela liberação. Ele, e os outros envolvidos, chegaram a ficar presos preventivamente.
Molina roubou a arma do delgado tinha sido apreendida em 2014 e fazia parte de inquérito policial Além da pistola, os policiais apreenderam um revólver calibre 38 estragado, munições, carregadores e um cartucho de fuzil. ]
Na ocasião, no pedido de relaxamento de prisão, a defesa do policial reconheceu que a pistola fazia parte de procedimento em andamento na 2ª DP, mas alegou que ele pegou a arma a título de empréstimo.
O veredito foi tomado após conclusão de um PAD (Processo Administrativo Disciplinar). Durante a operação, o Gaeco também encontrou na casa do policial civil uma arma de fogo pertencente à delegacia em que atuava.