Um policial civil e um militar foram presos na tarde de segunda-feira (17/7), em Corumbá, na fronteira com a Bolívia, acusados de facilitação de contrabando ou descaminho e roubo qualificado. O flagrante aconteceu na região do Anel Viário da cidade, na BR-262.
Uma terceira pessoa, que estava na companhia dos policiais, também acabou detida. Ele usa tornozeleira eletrônica e cumpre regime semiaberto em razão de crimes cometidos anteriormente. Um veículo Ônix, de cor vermelha, foi apreendido. O flagrante foi feito pela Rádio Patrulha do 6º Batalhão de Polícia Militar.
De acordo com o portal do jornal Diário Corumbaense, o trio estava no veículo e levava duas malas contendo contrabando de cabelos, que teriam sido roubadas de um casal de brasileiros no bairro Nova Corumbá.
Após o crime, as vítimas pararam viatura da PM que fazia ronda pela região e detalharam o caso.
O policial civil e o cabo da PM detidos informaram estar de folga e, segundo o registro da ocorrência, tentavam realizar as prisões dos supostos autores do contrabando depois de terem recebido informações a respeito da irregularidade. O Ônix apreendido pertence à sogra do militar e estava sem a placa dianteira e com a identificação traseira adulterada.
No veículo ainda havia um coldre hacker e três máscaras de pano.
O policial civil detido disse que só responderia ao delegado. Já o cabo da PM declarou à equipe responsável pelo flagrante, que estava em casa quando recebeu telefonema do investigador o chamando para auxiliá-lo na ação para prender os contrabandistas.
A carga do contrabando, 50 quilos de mechas de cabelos de diversas tonalidades, tem valor estimado em R$ 150 mil. Todos os envolvidos foram levados para a 1ª Delegacia de Polícia Civil. O casal apresentou seis notas fiscais de compra de várias quantidades de cabelos com datas anteriores ao fato. Elas foram entregues à equipe plantonista da delegacia.
Em entrevista ao Diário Corumbaense, o delegado Regional da Polícia Civil de Corumbá, Fabrício Dias dos Santos, disse que um inquérito será aberto para apurar o caso.
Já a assessoria de imprensa do Comando Geral da Polícia Militar, informou por meio de nota que será aberto um procedimento interno para apurar se as ações específicas do policial militar ensejam infrações penais militares e/ou disciplinares, e ele será recolhido ao Presídio Militar Estadual, em Campo Grande, até o fim das investigações.