Envolvidos no roubo milionário presos nesta semana seriam os alvos, como “queima de arquivo”
A polícia paraguaia prendeu seis homens com armas automáticas na noite de quinta-feira (15). Acredita-se que eles faziam parte de um grupo de extermínio com a missão de matar envolvidos no roubo milionário contra doleiros em Ciudad Del Este.
O grupo pretendia assassinar os dois envolvidos no assalto que já foram presos, como “queima de arquivo”. A prisão ocorreu em Iguazú, no departamento de Alto Paraná, a 180 km de Mato Grosso do Sul. As armas apreendidas incluem três escopetas calibre 12 automáticas e quatro pistolas 9 milímetros.
Os homens se preparavam para atacar unidades da polícia onde estão presos Líder Ramon Ferreira Vera e o brasileiro Fabio Dornaldo de Moraes Schultz. Outro suspeito, José Gabino Ramirez Adorno, foi preso nesta sexta-feira (16) na região de Presidente Franco. Com ele, a polícia encontrou evidências do plano para cavar o túnel de 180 metros usado no roubo.
Os seis homens presos foram identificados como Miguel Ángel Mansoni Mendoza, Lorenzo Portillo González, Juan Andrés Gómez, Anderson Stiven Nunes Vargas, Óscar Rubén Rodriguez Britez e Julio César Fretes Báez.
Líder Ramon Ferreira Vera foi preso na quarta-feira em Ciudad Del Este e Fabio Dornaldo de Moraes Schultz foi capturado na quinta-feira em Capitán Bado.
Policiais paraguaios mantêm buscas na fronteira com Mato Grosso do Sul à procura de outro envolvido no assalto. Fabrizio Jonathan Álvarez Ayala, 25, estaria escondido no mesmo local onde Fabio foi preso, mas deixou a mata antes da chegada da polícia. Pelo menos 15 envolvidos no roubo já foram identificados.
A polícia paraguaia acredita que o roubo foi planejado e executado por facções criminosas brasileiras. Investigadores paraguaios afirmam que a maioria dos doleiros trabalha de forma clandestina, trocando dólares, reais e guaranis nos arredores de Ciudad Del Este, inclusive dinheiro do contrabando e do tráfico de drogas. Apenas dois cambistas registraram ocorrência sobre o roubo.