Laércio Virgílio teria pressionado comandantes militares para um golpe de Estado após a eleição de Lula
Um General do Exército, residente em Campo Grande, está no centro da Operação Tempus Veritatis, investigação que apura um suposto plano golpista para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva. Laércio Virgílio, natural de Adamantina (SP), teria liderado uma ala militar que buscava incitar uma intervenção das Forças Armadas contra o governo democraticamente eleito.
Laércio Virgílio, um ex-oficial do Exército radicado em Campo Grande, emerge como uma figura central nas investigações da Polícia Federal sobre um suposto plano golpista. A casa do militar foi vasculhada durante a Operação Tempus Veritatis, que mira uma rede de militares envolvidos em tentativas de subverter a ordem democrática.
As investigações sobre a tentativa de golpe de Estado que abalaram o país ganharam um novo capítulo com a identificação de Laércio Virgílio, um militar aposentado residente em Campo Grande. As mensagens trocadas por Virgílio com altas patentes das Forças Armadas revelam uma articulação para subverter o resultado das eleições presidenciais de 2022.
Virgílio, que se apresenta como um ex-oficial de alto escalão do Exército Brasileiro, utilizou de canais privados de comunicação, como o WhatsApp, para tentar persuadir figuras-chave das Forças Armadas, incluindo o então comandante do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, a apoiar o golpe de Estado.
De acordo com os registros analisados expostos no inquérito, Virgílio enviou diversas mensagens ao general Freire Gomes após as eleições presidenciais de 2022, com o intuito de persuadi-lo a tomar uma atitude contra a posse do governo legitimamente eleito.