Investigação começou em 2022 após apreensão de aeronave com 442 kg de cocaína e armas na fronteira
A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (5), a Operação Icarus, que tem como objetivo desarticular a organização criminosa especializada no tráfico transnacional de drogas e de armas de fogo da fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai para outros estados brasileiros.
Foram expedidos oito mandados de prisão temporária, dois mandados de prisão preventiva e 16 mandados de busca e apreensão, relativos a imóveis do grupo, localizados nas cidades de Guarujá (SP), Praia Grande (SP), Santana de Parnaíba (SP), São Paulo (SP), Jundiaí (SP), Itupeva (SP), Osasco (SP), Rio de Janeiro (RJ), Vitória (ES) e Curitiba (PR), todos expedidos pela 2ª Vara Federal de Ponta Porã.
Houve ainda a determinação do sequestro de ativos financeiros, de imóveis e de veículos pertencentes a nove pessoas físicas investigadas.
As investigações tiveram início no ano de 2022, com a apreensão de uma aeronave carregada com 442kg de cocaína, três fuzis calibre 5.56 mm e uma escopeta calibre 12, no município de Coronel Sapucaia.
No decorrer dos trabalhos, ficou evidenciado que o grupo criminoso também estava envolvido em outra apreensão de cocaína, na qual foram encontrados 595kg de cocaína escondidos sob a fuselagem de um jato executivo, ação ocorrida no aeroporto internacional de Salvador (BA).
De acordo com a PF, a organização criminosa é responsável por introduzir grandes quantidades de cocaína no território nacional, através das fronteiras com os países vizinhos por meio aéreo, utilizando pistas de pouso clandestinas e planos de voo falsos.
Da região fronteiriça de Mato Grosso do Sul, a droga é enviada principalmente para Jundiaí e Sorocaba. A investigação mostrou a hierarquia do grupo, com funções de comando, apoio logístico, pilotos cooptados, equipe de solo e equipe de apoio.
Os alvos são investigados por tráfico internacional de drogas e armas, cometidos por intermédio de atuação de organização criminosa, cujas penas somadas podem chegar a 39 anos de reclusão.