Vítima teve prejuízo de aproximadamente R$ 800,00 equivalente aos dias em que não pode trabalhar após ser denunciado injustamente pelo agressor
Um motorista de aplicativo, de 34 anos, foi espancado e roubado por um passageiro durante uma corrida, na região do bairro Cohafama, em Campo Grande. O trabalhador ainda teve um prejuízo de aproximadamente R$ 800,00 equivalente aos dias em que não pode trabalhar após ser denunciado injustamente pelo agressor.
A discussão começou depois que o suspeito disse que não pagaria a corrida. Nestes casos, o cliente fica devendo para a empresa de aplicativos e o valor é cobrado na corrida seguinte. A situação ocorreu por volta das 20h do último sábado (11), logo após o passageiro deixar o Shopping Norte Sul Plaza.
“Eu disse para ele, numa boa, para ele evitar fazer isso porque tem muitos motoristas que não gostam. Mas ele insistiu dizendo que sempre faz isso e disse que se algum motorista achasse ruim, ele denunciava o motorista para ele ser suspenso do aplicativo”, conta a vítima, que por medo, pediu para não ter a identidade divulgada.
O motorista admite que não gostou da postura do passageiro e a menos de duas quadras do local do embarque, pediu para o passageiro descer. Como o suspeito se negou o trabalhador retirou a chave da ignição e desceu do carro. Foi então que o rapaz começou a ser agredido no meio da rua.
O trabalhador conta que levou vários socos e chutes. Em determinado momento o suspeito ainda agarrou a vítima pelo pescoço e só parou de agredi-la ao ver a aproximação de uma testemunha.
O agressor fugiu do local levando a carteira do motorista e ainda denunciou o trabalhador para a empresa de aplicativo, como se ele é quem tivesse sido ofendido pelo motorista.
Diante da situação a empresa suspendeu temporariamente o trabalhador, para “averiguação dos fatos”. Nesta segunda-feira (13), contudo, o motorista foi liberado para voltar a trabalhar.
“O pior de toda essa situação é o prejuízo que eu tive. Eu fiquei três dias sem trabalhar, tive pelo menos R$ 800,00 de prejuízo. O meu veículo é alugado, o aplicativo é a minha única fonte de renda”, lamenta.