Até agentes da segurança pública faziam parte do esquema, segundo a investigação
Uma operação da Polícia Federal deflagrada nesta (28), desarticulou uma complexa organização criminosa que contrabandeava eletrônicos dos Estados Unidos e do Paraguai para todo o Brasil. A investigação, batizada operação leva o nome de Break Off, revelou um esquema que movimentou milhões de reais e envolvia a contratação de agentes de segurança pública para garantir o transporte das mercadorias.
Uma sofisticada operação de contrabando de eletrônicos que abastecia o mercado informal em todo o Brasil. A investigação, denominada [nome da operação], teve início a partir de outra operação, a Sign Off, e revelou um esquema criminoso que envolvia a importação ilegal de produtos dos Estados Unidos e do Paraguai.
Segundo a PF, três grupos criminosos atuavam de forma coordenada, utilizando diversas táticas para burlar a fiscalização. Entre as estratégias adotadas pelos criminosos, estava a contratação de agentes de segurança pública para garantir o transporte das mercadorias de forma segura.
Ao todo, foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão expedidos pela 5ª Vara Federal Criminal de Mato Grosso. As ações ocorreram em diversas cidades, incluindo Campo Grande, Sonora e Ponta Porã, além de Cuiabá, Várzea Grande (MT), Goiânia (GO), São Paulo e Barra do São Francisco (ES).
Durante as buscas, os policiais apreenderam diversos eletrônicos, como celulares, tablets, notebooks e outros equipamentos, além de documentos e materiais que comprovariam a atuação da organização criminosa. A Justiça também determinou o sequestro de bens móveis e imóveis, bem como o bloqueio de valores em contas bancárias dos envolvidos.
Os integrantes da organização criminosa responderão pelos crimes de descaminho, organização criminosa, evasão de divisas e lavagem de dinheiro. As penas para esses crimes podem ultrapassar 20 anos de reclusão.
A operação da PF representa um duro golpe para o crime organizado e causará um grande prejuízo financeiro aos envolvidos. Além disso, a ação contribui para combater a sonegação fiscal e a concorrência desleal no mercado de eletrônicos.