Polícia Civil investiga caso de pedofilia em terreiro de candomblé e teme que haja mais vítimas
A fachada de um homem religioso e acolhedor escondia um monstro. Robson Faciroli, de 44 anos, pai de santo em Campo Grande, atraía adolescentes em situação de vulnerabilidade para um terreiro de candomblé com promessas de abrigo e cuidados, onze vítimas mas os submetia a abusos sexuais e agressões físicas. A Polícia Civil já identificou 11 vítimas e teme que o número seja ainda maior.
A investigação teve início após uma das vítimas, identificada como José, procurar a delegacia e denunciar os crimes. O adolescente relatou ter sido dopado, agredido e estuprado por Faciroli. Com base no depoimento de José, a polícia cumpriu um mandado de busca e apreensão no terreiro, onde foram encontradas evidências que corroboram o relato da vítima, como manchas de sangue e câmeras de segurança que registraram os crimes.
De acordo com a delegada Nelly Macedo, o modus operandi de Faciroli era sempre o mesmo: ele atraía os adolescentes, geralmente em situação de vulnerabilidade social, oferecendo abrigo e alimentação. Após ganhar a confiança das vítimas, o pai de santo passava a agredi-las física e psicologicamente, além de abusar sexualmente delas.
A delegada destaca que Faciroli utilizava o medo e a ameaça para manter as vítimas em silêncio. O religioso já havia sido condenado por homicídio e usava esse fato para coagir os adolescentes. “Ele usava a religião como fachada para cometer esses crimes hediondos”, afirma a delegada.
As investigações continuam e a polícia acredita que ainda existam outras vítimas que não tiveram coragem de denunciar. A delegada Nelly Macedo faz um apelo para que qualquer pessoa que tenha sido vítima de Robson Faciroli procure a delegacia. “É importante que essas vítimas denunciem, pois assim poderão receber o apoio necessário e ajudar a tirar esse criminoso de circulação”, afirma.